Este ano foram mais de 72 000 inquéritos online e 45 000 em papel para saber os grandes vencedores dos prémios Tasca Bonito Serviço para o ano civil de 2020. Em alguns casos a luta foi renhida, noutros nem por isso. Importante mesmo é saber quem ganhou (1) Melhor atleta masculino; (2) Melhor atleta feminina; (3) Revelação do Ano; (4) Equipa do ano; (5) Jovem do ano e o (6) Prémio Bonito Serviço.

Melhor atleta Masculino
RENAN

A verdade é que o Renan não me conquistou desde início. Não sei explicar as razões, a verdade é que precisei de tempo para gostar dele como atleta. Num ano completamente atípico foi sendo um destaque pela alegria, profissionalismo, determinação e motivação. Sempre que foi chamado a flash interview vinha sempre preparado com sorrisos e apelos aos adeptos do Sporting. “Venham, venham, venham, venham” são palavras sempre verbalizadas por este jogador. Não acho que seja um insulto reconhecer que é um jogador com algumas fraquezas técnicas, muitas vezes compensadas pela atitude. Está a ser o melhor jogador esta época de 2020/2021 e, como titular, o sucesso desta equipa passa muito por ele.

Melhor Atleta Feminina
Bruninha

A unanimidade prevaleceu neste momento. Desde o jogo contra a AJM/FC Porto em janeiro deste ano, foi sempre a melhorar. O sucesso desta atleta não está na sorte nem no facto de ser uma predestinada para o desporto. O segredo aqui é trabalho! Durante todo o ano, mesmo na quarentena, trabalhou muito no ginásio para estar preparada. É a melhor atacante da equipa e está a saltar muito alto. Uma vez pareceu-me que tocou com a cabeça na “televisão“ que está no centro do nosso recinto. Espero que não se tenha magoado. Se existem probabilidades reais de sermos campeões, estas sobem sempre que a Bruninha está a jogar bem.

Revelação do Ano
Amanda Cavalcanti

Na época passada, ainda com 17 anos, foi sempre titular. Este ano, com os dois reforços de peso para a posição é a 3ª central. Desengane-se quem ache que se acomodou e não joga tempo nenhum! A Amanda tem vindo a ter o seu espaço e, mesmo contra a AJM/FC Porto teve a oportunidade de jogar. Nota-se a evolução a cada jogo. Como já disse, vai fazendo os seus pontos, no entanto precisa de ter o braço mais pesado no ataque. Quando isso acontecer, é titularíssima em qualquer equipa em Portugal e jogadora de seleção nacional sénior. Recordo o que, em julho, dizia: “Agora na época de 2019/2020, ano em que completei 18 anos, pude realizar o grande desejo de jogar pelo Sporting Clube de Portugal, clube onde antes de mim jogaram os meus pais, voleibol como eu. E é uma honra poder, assim, seguir as suas pisadas, pois são o meu exemplo.”

Equipa do ano
Infantis femininas 2019/2020

Todos nos tivemos de reinventar para encontrar uma nova forma de normalidade. Impulsionadas pela sua treinadora e capitã de equipa das seniores femininas, Daniela Loureiro, as meninas deram um grande exemplo. Durante a quarentena, cada uma na sua casa e com zoom ligado, foram melhorando as suas qualidades técnicas. Será, certamente, impossível estas meninas não se transformarem em seres humanos de excelência, grandes atletas de voleibol e grandes sportinguistas. Um exemplo de como o projeto de formação no voleibol do Sporting, que conta com mais de 150 atletas, é um sucesso.

Jovem do ano
Madalena Peyroteo

Quem nunca ouviu falar dela deve hesitar em gostar desta jogadora? Acho que o apelido já nos conquistou. A história de voleibol da jovem Madalena começou no Belenenses, onde já foi chamada aos treinos da seleção. Encara o saber fazer, o saber aprender e o saber estar como pilares da sua construção como pessoa e jogadora. Empenhada e disponível são características que estão escritas na camisola verde e branca que veste em cada jogo. Vence o prémio enquanto Cadete da época de 2019/2020 e Juvenil desta época.
Como todos os craques já fizeram, seja de que modalidade for, podem encontrá-la a ser apanha bolas num qualquer jogo das equipas mais velhas. A humildade até por aqui anda.

Prémio Tasca Bonito Serviço
Angel Dennis

Fechou um ciclo de 3 épocas com um gigante do voleibol mundial. Quem gosta de voleibol sabe quem é o Dennis e, nos últimos anos, começou a conhecer o Sporting também. Os ciclos terminam e eu nunca choro passados, fico feliz porque aconteceram. O saudosismo faz parte da emoção de termos sido felizes, no entanto não deve travar-nos ou moldar-nos para o futuro. Sempre rejubilei com o jogador, sempre! Foi, naturalmente, o atleta que fez o último ponto do título no regresso do voleibol. Só podia ter sido ele, na verdade. Graças a isso, está eternizado no museu. Recordo-me de um cartaz que não desarmava nos jogos de voleibol mostrado pelo Grupo de Apoio às Modalidades. Faltou despedir-se dos adeptos do Sporting que tanto o apoiaram. Podia ter sido um post, um vídeo, uma entrevista ou um aceno. Fica um último OBRIGADO à lenda.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)