PalhãoFrequento a Tasca desde 2015. Foi o primeiro blog que comecei a acompanhar. Para um gajo, como eu, que não tem redes sociais (excepção ao LinkedIn, e mesmo essa foi aderida recentemente, ainda este ano) a importância de um espaço de sportinguismo era crucial. Depois, alargou-se a outros blogues, mas este foi o primeiro. Esta é a primeira vez que vos escrevo. Nem sequer na caixa de comentários o fiz. Aviso, desde já, que sou contra este CD. Entendi Bruno de Carvalho como importante, vítima de quem não queria um Sporting forte, embora também tenha cometido alguns erros. Mas já lá vamos.

Sou lisboeta. Há cerca de dois anos vim viver para o Norte, porque a mulher é de lá. Tenho um filho com dois aninhos, sendo que toda a gente o tenta demover da minha demanda de o tornar sportinguista (ora portistas, ora benfiquistas). Não vão conseguir. Este campeonato foi, e é, importante para que Portugal e o Mundo percebam que nós, para o primeiro, não somos o clube simpático e de saudosistas, e para o segundo, não somos apenas uma escola de formação de excelência, nunca colhendo os louros da mesma.

Desde o início fui contra a contratação de Amorim. Pelos valores em causa mas também pela parca experiência. Se Silas tinha mais experiência e soçobrou, porque haveria de ser diferente com Amorim? Mas a comunicação, o sistema alternativo (que parecia rígido, mas que o Amorim demonstrou que basta mudar dois jogadores, alterando as dinâmicas, quase que parecendo que o sistema muda), a aposta em jogadores nossos e, principalmente, contratações acertadas, fez com que achasse que podia haver algo de positivo. Claro que havia colegas meus, do Porto (pensei que os lampiões – não confundir com benfiquistas – eram ranhosos mas cá em cima dá para perceber que os tripeiros – não confundir com portistas – são piores porque verdadeiramente não se importam de ganhar a todo o custo) a dizer que o Amorim ia ser uma boa surpresa, mas diziam-no com aquela condescendência do “precisamos de um Sporting forte”. Hoje dizem-me “vês, eu tinha-te dito”, com aquele sorriso amarelo de alguém que esperava menos do que nós que o Sporting pudesse ter uma época como estas. Obrigado, Amorim, e desculpa ter duvidado.

Se o futebol português não queria um Sporting campeão, um Sporting bi-campeão é daquelas coisas que não pode mesmo acontecer. Começo o próximo ano com dúvidas. Porque sei, e julgo que partilham comigo o mesmo pensamento, que tudo vai ser feito para nos impedir. Mas é importante estarmos unidos e não assobiar à primeira derrota ou série de maus resultados.

À hora a que vos escrevo não sei o resultado do derby. Mas penso que vamos ver um Jesus à antiga no banco. A motivar os jogadores porque, para além de poderem quebrar a invencibilidade do campeão, a nível pessoal, o Jesus impede, com uma não derrota, que esta equipa ultrapasse o “seu” recorde. Era demais para o seu ego o Amorim rebentar com o recorde dele: Amorim que, enquanto jogador, foi colocado a treinar à parte no Benfica de Jesus.

Por último, nunca vi o Sporting tão desunido como no pós-Alcochete, como não vi o Sporting tão unido como agora, NOS FESTEJOS. Cada coisa a seu tempo e, aquando das eleições, lá estaremos para dizer de nossa justiça e decidir o futuro para o nosso clube (e não apenas para o futebol).

Saudações Leoninas

P.S.: Roubei a ideia do “Palhão” a alguém aqui da Tasca, não sei bem quem. Ao autor, as minhas desculpas.

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Acosta
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