Bom dia, Tasca.
Bom dia, Max. Um abraço!

Gostei da vitória mas fiquei com a sensação de que para muitos foi uma exibição de luxo tamanho o entusiasmo demonstrado.
Foi excelente ganhar e recuperar pontos para um adversário directo na luta pelos lugares da LC, mas ao contrário do que li não achei que tivessemos feito uma exibição de encher o olho.
A anterior goleada teve mais brilho que a de ontem.

Primeiro porque enfrentamos um Braga claramente combalido sem Ricardo Horta e Vitinha, 2 jogadores de topo e que impõem intensidade ao jogo.

Segundo porque jogamos praticamente toda a segunda parte contra 10 jogadores. Aí é mais fácil ”brilhar” pois tivemos sempre 2 jogadores para 1 e eles praticamente atiraram a toalha ao chão com a expulsão.

Começamos bem, marcamos cedo e mantivemos a pressão sufocante que nos caracteriza…até a meia hora de jogo, A partir daí deixamos de atacar e começamos a trocar a bola lentamente até ao intervalo. O Braga também ajudou à festa ao mostrar que sem o seu maestro é incapaz de jogar acima da velocidade e intensidade de Al Musrati.

A segunda parte começa com um golo praticamente oferecido pela azelhice de Matheus e Paulo Oliveira, que Chermitti inteligentemente transforma numa assistência açucarada de calcanhar para Morita.
Chermiti de resto está de parabéns pela excelente exibição. Do Chermitti que conhecemos das camadas jovens só faltou o golo. Não é dotado tecnicamente mas sabe estar na área, procurar os espaços sem bola, e transforma a simplicidade de processos numa mais valia. E se tiver mais oportunidades fará golos, tenho certeza. O meu receio é que aconteça a Chermitti o mesmo que a Tiago Tomás. São mais pontas de lança que “pivots”…

Chermitti assotiativou qb, ajudou à pressão na saída de bola do Braga, arrastou os centrais adversários libertando espaço para os companheiros (um desses “arrastões” resultou no golo de Edwards), procurou espaços entre os centrais, ganhou e segurou segundas bolas para a subida da equipa, desviou ao primeiro poste um canto perigoso, assistiu de calcanhar Morita, cabeçou entre os centrais para defesa de Matheus, e por pouco não faz de Rafael Leão com uma assistência de trivela (saiu com força a mais o passe) para golo, depois de uma cavalgada desde o nosso meio campo. Fez mais que Paulinho no seu jogo de estreia e que Rodrigo Ribeiro em todos os jogos na equipa principal!
Sabemos que irá tomar chá de banco quando Paulinho regressar, mas certamente terá mais oportunidades à espaços…se renovar.

Por falar em Paulinho, graças ao nosso ataque móvel praticamente todos os nossos jogadores estão a aproximar-se a largos passo de Paulinho na lista de marcadores do Sporting no campeonato. Morita já leva mais 3 golos, Matheus Reis está a 1 golo de alcançá-lo, e Adán apenas a 2 golos.

Foi uma vitória importante contra um enfraquecido Braga que jogou 45 minutos com menos uma peça e sem 2 dos seus jogadores mais importantes até aqui. Sofreram golos em momentos-chave do jogo e a expulsão sentenciou animicamente o jogo.
Terão sentido a mesma impotência que sentimos quando fomos atropelados pelo Marselha.

Para concluir dizer que chegamos a uma fase parecida com aquela em que fomos campeões, eliminados prematuramente das Taças e com possibilidade de gerir lesões e recuperações físicas graças ao calendário mais folgado, ao contrário dos rivais, e acrescentar que o Porto inteligentemente “arrumou” com a concorrência dos bracarenses pela LC ao “roubar” Fran Navarro nos instantes finais do fecho de mercado, deixando assim Salvador sem tempo para encontrar alternativas.
Com isso terá assegurado o segundo lugar, e a nós deu-nos uma ajuda preciosa na luta pelo pódio.