“(…) uma coisa é certa: se por alguma cambalhota do destino conseguirmos ser campeões a jogar sempre no fio da navalha, vamos dizer que foi épico!”

A felicidade é um sítio temporário. Parece que nesta sociedade não podemos ficar muito tempo no mesmo lugar, o da felicidade, porque a rapidez está sempre a pressionar. Dão-nos umas horas para festejar e sentimos a pressão para avançar a todo o gás para o próximo objetivo. Hoje “já” é quarta-feira, mas, para mim, o tempo andou de vagar desde sábado por isso vamos a umas palavras sobre a conquista.
Uma vitória no desporto é normalmente algo coletivo e muito maior do que aqueles(as) que executaram tecnicamente o triunfo. Há pessoas, anónimos, que sentem estes momentos de uma forma tão ou mais forte do que os atletas. Não é uma crítica, é um facto. A dependência emocional é tão real que se cometem loucuras. Eu já fiz algumas e o Renato também.

Se o futebol é-nos imposto diariamente de variadíssimas formas, o voleibol feminino é uma escolha. Uma preferência tão absurda que parece brincadeira. O motivo deu-o o treinador Rui Costa há dois anos, precisamente numa final 4 da taça de Portugal.

 

Infelizmente não tenho um grande discurso para este bonito serviço como um culminar de uma tão desejada jornada. Por vaidade (e não arrogância) senti-me um pouco parte deste sucesso que muitos ansiavam. Uma vaidade por mim e pelos meus companheiros que insistem em tornar esta rúbrica relevante, com aqueles que alinham em maluqueiras motivacionais, com aqueles o voleibol tornou amigos.
Senti uma emoção forte com esta vitória e uma felicidade que me saia fora do peito. Um dia gostava de entender o motivo, mas hoje não é esse dia.

Uma palavra especial aquele que é o melhor treinador de voleibol em Portugal e nunca se rendeu. Se ele faz isto com poucos recursos, imagem se lhe dessem um orçamento igual aos outros.

A felicidade é um sítio temporário, mas eu vou continuar por aqui só mais um bocadinho.
O Sporting CP sou eu e os meus amigos.
Saudações Leoninas a todos.
GANHÁMOS, CARALHO!!!

 

*quando vê uma aberta no meio campo adversário, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.