Li, por entre dezenas de comentários, o nome de Ricky van Wolfswinkel. Um ano depois de deixar Alvalade, parece-me que o rapaz continua a dividir opiniões, daí que tenha feito este exercício curioso.

Ricky, na sua primeira época de Leão ao peito, marcou 25 golos: 14 no campeonato, 5 na Taça de Portugal, 6 na Liga Europa.
Na segunda época, a época mais miserável da história do Sporting, marcou 20 golos: 14 no campeonato, 1 na Taça de Portugal, 2 na Taça da Liga e 3 na Liga Europa.

Este ano, o ano em que o Sporting voltou a ser Sporting, os nossos homens golo são Fredy Montero e Islam Slimani.
Montero apresenta os seguintes números, a três jornadas do fim: 13 golos para o campeonato + 3 para a Taça de Portugal.
Quanto a Slimani, bastante menos utilizado, é este o seu registo: 8 golos para o campeonato + 2 golos para a Taça de Portugal.

Ora, numa época em que o Sporting volta a ter um registo de golos condizente com a sua grandeza, o que estes números mostram é que, tão importante como ter um ponta goleador, é ter uma equipa com vários goleadores (e, se a memória não me atraiçoa, vemos que Carrillo, Mané, Capel, Wilson e Heldon já marcaram, tal como Adrien, André Martins e William Carvalho). Acrescente-se-lhe o facto de, uma mão cheia de épocas volvidas, termos uma dupla de centrais que nos transmite a possibilidade de podermos marcar golos em lances de bola parada ofensivos. Não eram estes dois dos pontos – uma equipa dependente do que o ponta faturava  e sem centrais capazes de marcar golos – que apontávamos como pechas na nossa equipa?

E, nem que seja para agitar os fantasmas de alguns, não resisto a perguntar: quantos golos marcaria Wolfswinkel, nesta equipa montada por Leonardo Jardim?