Bem, a ver se me organizo. Começando pelo fim, discordo do director-adjunto d’A Bola relativamente ao que fazem os seus comentadores afectos ao porto. Dizer que o presidente do Sporting é um “Vale e Azevedo” não é uma opinião, é uma calúnia. Vale e Azevedo é um vigarista condenado pela Justiça, não é uma pessoa qualquer. Aliás, a diferença entre o “lucky me”, o Pinto da Costa e o Luís Filipe Vieira é apenas que só o primeiro foi condenado. Dos presidentes dos três grandes apenas Bruno de Carvalho não tem problemas com a Justiça, por isso ganhem vergonha!

Relativamente à formação, ficou implícito que as restrições financeiras pesam sobre a organização da Academia. Todos podemos ter um organograma na cabeça, ou sugerir pessoas para a formação, mas tal esbarra na orçamento disponível para a formação. Quando tiver tempo irei ver qual foi o corte no orçamento da formação.

Ele tentou desfazer a ideia de que há um decréscimo na qualidade da formação desde que tomou posse, e que a haver problemas estão relacionados com a implementação do seu programa para o qual diz ter legitimidade para o implementar. Não me pareceu muito convincente a sua explicação para a resolução do problema da qualidade dos juniores, a qual misturou com as contratações para a equipa principal, mas se entendi bem, contratações como a de Ryan Gauld visam suprir as necessidades para a equipa principal que não poderão ser supridas pela formação nos próximos anos, devido ao défice de qualidade dos escalões mais elevados, daí terem de se fazer contratações tanto para os juniores como para equipa B. Veremos no que isto dá.

(O que eu gostava de saber é como se deixou chegar isto a este ponto…)

Um ponto muito importante foi a relação que fez entre desempenho desportivo com a captação de novos patrocínios, e isto é também uma chamada de atenção para os jogadores, porque por eles passa muita da recuperação financeira do clube. Estes têm de perceber o quão difícil é gerir um clube com uma situação financeira muito difícil, ainda para mais no estado em que está o futebol português, no estado em que está a economia portuguesa e o sistema financeiro português. A equipa tem de ajudar o clube. Não pode haver estados de alma, nem mais predisposições para uns jogos e menos para outros.

Numa época em que os três grande vão ter de encontrar novos patrocinadores, percebe-se como nesta época vai valer TUDO para ganhar. Quando nós olhamos para as nossas receitas nesta área e como estão atrás dos rivais, é bom recordar como e quando é que este fosso se começou a cavar, precisamente numa altura em que o nosso futebol começou a declinar. O que torna ainda mais importante a recuperação desportiva do Sporting, para que possa ter receitas para poder ser mais competitivo e ganhar regularmente.

E é isso que os outros também querem impedir a todo o custo e aí Bruno de Carvalho falou numa questão importantíssima e que é o critério para a distribuição do dinheiro das receitas televisivas, critério esse que vai ser decidido nos próximos quatro meses, sendo o Luís Duque o fantoche que vai fazer com que os nossos rivas decidam a seu favor. Só isto seria motivo para expulsar Duque de sócio do Sporting.

Finalmente, a questão da reestruturação financeira. Muitos estariam à espera que seria aqui que Bruno de Carvalho cairia. Sabia-se que este seria um assunto crítico. Não sabemos ainda os pormenores de muitos assuntos e o melhor mesmo é esperar pelo desfecho. Mas é um alívio enorme saber que isto está prestes a finalizar.

 

Comentário feito por Jordão

*«eu ouvi o teu comentário» é servido sempre que o homem do balcão consiga distinguir uma boa posta por entre o barulho dos pratos