Caro Eng.º – “…Onde tu fores jogaaar…” – se isto continuar assim – “…Eu vou lá estaaar…” – vai ter de arranjar outro pavilhão – “…pra t’apoiaaaaaar…” – porque neste, a malta não vai caber toda – “…allez allez allez ohhhhh…”…hehehe.

Foi, de facto, uma bela tarde de Hóquei patins a que se viveu no pavilhão do livramento (cheio até às costuras, claques, ambiente fantástico, a relembrar os bons anos 70 e 80). As duas equipas mostraram entusiasmo, emoção, alegria, prazer em jogar hóquei e isto é a essência deste desporto. Não foi um jogo tecnicamente perfeito (já lá iremos), mas foi intenso, rápido, duro q.b., bola cá bola lá, as equipas a não se esconderem do jogo, a não terem medo e a batalharem pela vitória (ahhhh, estavam quase a roubar-nos pontos…quase!!!!). Quem foi ao Livramento, de certeza que não se arrependeu. É certo que qualquer desporto vive de resultados. Mas porra, Ser Sporting não é só querer ganhar à força toda. A malta gosta de ver os jogadores a sentirem a verde-branca, a lutarem por ela, a honrarem a nossa história. E isso também leva as pessoas ao pavilhão. Os resultados obviamente que ajudam mas, do que já vi, esta equipa tem feito tudo isto. E mereceu ter o Livramento cheio…

Euforias à parte (só para não gastar já tudo), jogámos contra a rapaziada do Óquei de Barcelos – ao que parece, a última stickada saiu com muita força e meteu um H onde não devia. Um mea culpa por isso – que ainda não tinha qualquer derrota no campeonato (Ainda….Ainda!), que tem uma equipa jovem e com muita qualidade, bastante arrumada em campo e a saber o que quer. Mas, rapaziada do Óquei…Nós somos mais fortes!
Entrámos cheios de gás. Logo a abrir, o André Moreira ia fazendo golo e poucos minutos depois o Figueira arrefinfa-lhe um bilhete daqueles em que não se houve a bola a bater no stick. Como alguém desviou a baliza – só pode -, a bola bateu no poste (sim porque o GR só deu por ela quando a bola já estava presa na rede lá atrás). Certo certo é que, mesmo com o Óquei a defender mais subido, ali na linha de meio campo, nós estamos melhor no jogo. Conseguimos jogar em toda a pista, com boa posse de bola, velocidade e confiança. Snif Snif…cheira a golo, o João  Pinto passa atrás da baliza e saca uma picadinha…Pimba 1-0. O Óquei equilibrou um pouco, o Schmeichel dá uma descasca no Poka (atenção às marcações pah…), o João Pinto passa atrás da baliza e saca uma picadinha (outra vez???)…Pimba 2-0 – Mas esta foi do lado contrário, para variar um bocadinho. Até ao intervalo nada de novo. Jogo equilibrado em posse de bola, alegre, bem disputado, mas nós claramente mais afoitos e mais agressivos para a baliza.

Entramos para a 2ª parte na mesma toada. O Tiago Losna agarra na bola, passa ali no meio deles todos, olha para a baliza e pergunta: “onde é que a queres? Na luva esquerda? Lá cima? Então toma lá…” 3-0 e pavilhão ao rubro. Grande golo e grande jogo do Tiago. A sua experiência foi essencial. Gostei bastante da sua exibição (e o mister Lopes também pois, salvo erro, não o tirou de campo). Admito que, nesta altura, pensei algo como “estes hoje levam uns 5 ou 6…”. Pois parece que não foi bem assim. Apesar de termos continuado a pressionar, levamos o 3-1 numa distracção defensiva e depois…bom, depois começamos a recuar no terreno (ainda hoje estou a tentar perceber porquê – não acho que tenha sido pela pressão que nos fizeram. Nós é que permitimos que ela aparecesse) e a defender muito perto da nossa baliza. O Óquei começa a ganhar confiança e a vir para cima de nós. Cheira a golo, mas na nossa baliza. Ainda atiramos uma bola ao poste num livre directo mas continuamos recuados a defender, a não conseguir segurar a bola no ataque e, apesar de estarmos com mais um jogador em campo, sofremos o 3-2 (bom golo do miúdo Vieirinha).

Esta fase do jogo não foi, da nossa parte, muito bem conseguida – acontece a todos. Tínhamos o jogo na mão e acabamos por facilitar e dar vida ao Óquei. E…e…e…livre directo para o Óquei, a 4 min do final…Vai o avançado na direcção do Girão e olha, ficou sem a bola, que o Girão roubou-lha…é nestes pormenores de jogo de stick que se vê a diferença entre os GR bons e Muito Bons. Este momento foi crucial. A equipa recuperou a confiança e passado um minuto o Carlos Martins “alevanta” o stick antes do meio campo e “alevanta” o pavilhão 3 segundos depois, quando a bola entra ali ao cantinho. 4-2, festa e jogo controlado (ainda podíamos ter sofrido o 4-3, mas faz de conta que ninguém viu…). Vitória justíssima, fomos superiores (apesar das distracções) e somos superiores. Estamos num brilhante 3.º lugar e a onda verde continua…

Por falar nisso, este Sábado às 18h, vamos até Paço D’Arcos. Lá para os lados da linha, mudam os treinadores, mudam os jogadores mas este clube tem sempre equipas muito lixadas. Não vai ser fácil não…Mas vamos ganhar…e Paço D’Arcos fica a 20km’s de Lisboa…Siga rapaziada!!! “Onde tu fores jogar…Eu vou lá estar….pra t’apoiaaaaar!!!!” (clica aqui que vale a pena)

 

hoqueiteam

 

*às quintas, o Tó Livramento irrompe pela cozinha de stick na mão e patins vintage nos pés