Pois é, ao final de 7 vitórias e 1 empate, voltámos a perder um jogo (9-5). Perdemos perante um adversário que, apesar da miséria de campeonato que tem feito, tem um plantel muito completo e experiente e, convenhamos, é bastante forte. Disso não tenhamos dúvidas. Para além disso, tivemos um azar do cacete de termos apanhado uma mudança de treinador, com toda aquela carga adicional de adrenalina que, por norma, regula estas fases.

Focando-me apenas no que li, até porque não tive oportunidade de ver o jogo, nem tão-pouco o resumo (aliás, nem sei se há resumo), podemos considerar estes 9-5 uma derrota “normal”? Sim, claro que sim. E porquê? Porque, quer queiramos quer não, a Oliveirense está, neste momento, num patamar acima do nosso. Tem uma equipa mais experiente, mais batida, que já joga junta há mais tempo etc. Mas, imaginando a coisa numa lógica de escada, este patamar está numa “escada” diferente da nossa. Passo a explicar: O Nosso objectivo enquanto Sporting é “chegar lá acima”. É lutar para ser primeiro, para ser Campeão. A equipa da Oliveirense, tal como outras equipas do nosso campeonato (Juv. Viana, Candelária, Valongo etc.), não tem, à partida, esse objectivo, essa história, essa responsabilidade – Naturalmente que também ambicionam esse patamar e naturalmente que também podem conseguir ser Campeões ou, pelo menos, andar a discutir o 1.º Lugar. Mas a história diz-nos que, por norma, os campeonatos são disputados por Nós, slb e fcp. (Com todo o respeito por todos os outros clubes. Se eles não existissem, nós não eramos o que somos).

Ou seja, estas equipas estão em escadas com menos degraus. E a Oliveirense já está no topo da sua escada – que equivalerá a um 3.º nível da escada onde nós estamos (imaginando uma escala de 1 a 5). Nós estamos quase a chegar ao 3.º nível da nossa (Repito que é a história do desporto que nos coloca em batalhas diferentes. Não sou eu que ando aqui a menosprezar clube nenhum). Daí em dizer que é uma derrota “normal”. Certo que os principais rivais também lá deixam pontos de vez em quando. Mas sabem que são mais fortes. Nós, neste exacto momento, não somos – mas estamos no bom caminho, sem dúvida.

Ao que parece, e se alguém esteve no pavilhão que diga de sua justiça, fomos roubados à força toda. Infelizmente era uma situação altamente previsível e contra a qual não podemos fazer nada. Podemos lamentar e tal mas…a derrota fica lá. Quer dizer, até podemos…Podemos trabalhar, lutar, para ser cada dia mais fortes, mais líderes, mais cimeiros. Quando assim fôr, a influência das arbitragens nos nossos resultados vai ser cada vez menor

Como não vi o jogo, vou aproveitar para falar um pouco das nossas reais possibilidades este ano. Como é normal foi-se gerando uma onda de entusiasmo à volta da equipa (onda essa que espero que não esmoreça, que ainda falta muito campeonato e o ano passado, o Valongo não era candidato…). Mas temos de ter bem presente que é uma equipa nova, que joga num pavilhão que não é o seu e que ainda não ganhou o seu espaço, não marcou o seu território na tabela classificativa. Os adversários quando olham para nós, nem sabem bem que estatuto é que nós temos. Ainda temos de o cimentar. Vamos ter agora dois jogos que, à partida, terão grau de dificuldade mais baixo (Carvalhos e Sanjoanense) e que são obrigatórios vencer, dê lá por onde der, antes de recebermos a Juv. Viana – ultima jornada da primeira volta.

Ganhando estes 3 jogos, vamos começar a 2.ª volta em 3.º lugar, e com alguma folga para as equipas mais próximas, que ainda jogam contra os primeiros (na pratica, o calendário está uma embrulhada do cacete, até porque começamos a 2.ª volta a jogar contra slb, Valongo e fcp…Bela confusão). Conseguindo chegar ao final da 1.ªa volta em 3.º lugar, acredito piamente que o vamos conseguir manter até final da época – quer dizer, no mínimo o 3.º mas…há sempre uma gracinha para fazer. Let it Roll! Mais importante que o calendário, é perceber de que forma vai a equipa reagir a esta derrota. Agora sim, os jogadores vão ser chamados a mostrar o seu real valor. Porque enquanto as coisas correm bem, acaba por ser mais fácil. Mas depois de um jogo menos conseguido é que a rapaziada tem de mostrar o que vale (bom, se calhar estou aqui a fazer um grande filme e os jogadores mal se lembram já do jogo e venha o próximo e tal e siga a dança e bola no centro e onde tu fores jogar eu vou lá estar e picadinhas e coiso e tal…).

Mais do que a vitória nos próximos dois jogos. É de capital importância fazer Bons jogos, boas exibições, mostrar ao mundo que a equipa não se deixou abater, recuperar alguma confiança e alguma coesão. Descer também um pouco à terra e perceber que a onda verde é muito gira mas dá muito trabalho a manter. Da bancada, o apoio não vai faltar. Agora é convosco rapaziada!

 

*às quintas, o Tó Livramento irrompe pela cozinha de stick na mão e patins vintage nos pés