1- Tal como havia acontecido na visita ao reduto do Schalke, o Sporting foi ostensivamente prejudicado pela equipa de arbitragem. O penalti transparente no último minuto da primeira parte, por mão de Vieirinha, é tão mais escandaloso quanto o facto do árbitro estar de frente para a jogada, a uns dois metros de distância. Quem vier afirmar que não foi por aqui que o Sporting perdeu, pode ir bardamerda.
2- O Sporting fez uma belíssima primeira parte, com os índices de concentração bem altos, uma circulação de bola segura e uma interpretação táctica exemplar, o que permitiu contrariar os pontos fortes do adversário. Prova disso é que, por exemplo, apenas por duas vezes o Wolfsburgo foi capaz de aproveitar as costas dos laterais para criar jogadas de perigo. Faltou maior acutilância e agressividade no último terço do terreno, algo que surgiu nos últimos cinco minutos da primeira etapa e que deixou a descoberto algumas das insuficiências defensivas dos germânicos.
3- A jogada que permite a Carrillo isolar-se é um contra-ataque perfeito. Capacidade de sair a jogar na sequência de um canto, passe fantástico de Nani, recepção perfeita de Carrillo. Pena o remate ter saido a rasar o poste.
4- O golo sofrido no primeiro minuto da segunda parte é inadmissível: ganhamos uma bola e ficamos em boa situação para contra-atacar, colocamo-la nos pés do central que a havia perdido, deixamos que o perna de pau dê ares de tecnicista e, para completar o quadro, comprometemos a linha defensiva que estava pronta a colocar o ponta de lança em fora de jogo.
5- A equipa não conseguiu reagir a esse momento e o segundo golo acabou por surgir nessa fase de desposicionamento. Dizer que o Rui Patrício, que fez uma grande exibição e evitou o terceiro logo a seguir (no seguimento de mais uma mão que o árbitro finge não ver), é mal batido nesse lance… é uma verdadeira cretinisse!
6- Não foi o primeiro a fazê-lo nem será o último, mas o falhanço de João Mário não pode acontecer a este nível.
7- É capaz de não ser exagero dizer que o que faz a diferença neste jogo foi ter ou não ter ponta de lança.
8- Também é capaz de não ser exagero afirmar que devíamos ter precavido a ida de Slimani à Can. Será que nem para o americano do Atlético havia dinheiro? Porra, dou por mim a suspirar por um Purovic ou por um Peter Houtman, mais não seja na ilusão de acreditar que há um gajo que pode ganhar bolas aos centrais.
8- O Rosell é capaz de ter calado de vez aqueles que o apontavam como mais um flop. Que mantenha a titularidade frente ao Gil, que não quero o William amarelado antes do dragão.
9- Valeu a pena andar uma década, mais coisa menos coisa, a suspirar por uma dupla de centrais. Que prazer que dá ver jogar o Paulo e o Tobias e que privilégio é poder assistir ao seu crescimento enquanto jogadores! Já agora, aquele carrinho do Oliveira interceptando o cruzamento rasteiro é para ser visto e revisto. Brutal!
10- À medida que o nosso processo defensivo parece consolidar-se, o ataque vai desaparecendo. A ideia não era manter aquela vertigem pelo golo que nos cativou, resolvendo os problemas que nos faziam sofrer golos? Confesso que não sei o que aconteceu, mas o futebol que alternava as movimentações interiores, as diagonais e as idas à linha desapareceu, dando lugar a uma enervante insistência nas alas e nos cruzamentos.
11- A situação agrava-se quando um dos alas, Nani, está a 30% do que pode fazer e quando Carrillo parece ter perdido a confiança para partir para cima dos adversários. A propósito destes dois, começa a não ter explicação o porquê do peruano ser sempre substituído quando Nani apresenta exibições bem menos consistentes. Por mim, Nani começava no banco frente ao Gil Vicente.
12- A propósito de banco, quer-me parecer que já nada justifica que Gauld não tenha lugar cativo nas opções. Marco, tens que fazer algo, pois o futebol que jogamos parece estar a estagnar e a precisar de um abanão. Por mim, Gauld entrava de início frente ao Gil Vicente, até porque Adrien está a precisar de respirar um bocado.
13- Metem-me nojo sportinguistas que só dão a cara e só encontram motivos para sorrir quando as coisas correm mal. E tenho pena que existam adeptos que continuem a promover as guerrilhas e as suspeições. É o treinador para um lado, o presidente para outro, os jogadores que passam de bestiais a bestas. Há semana e meia estávamos prontos a virar o campeonato de pantanas e a assumirmo-nos na luta pelo título. Agora está tudo mal. Foda-se!
14- Esta é a estrutura directiva, a equipa técnica e o plantel que já deu várias provas do que vale esta época. Dá para esperar e fazer o balanço em Maio?
15- A minha filha quis ver parte do jogo comigo, dividindo a atenção entre a televisão e o tablet com as ceninhas dela. Quando a partida terminou, ela irrompeu num choro surpreendente porque o Sporting tinha perdido. Acalmei-a, dizendo-lhe que estávamos a perder, mas que os alemães tinham que vir jogar no nosso estádio e que o Sporting podia marcar dois golos e depois mais um. Disse-lho porque acredito. Era porreiro que vocês também acreditassem. E que ajudassem a fazer os alemães perceberem que o apoio que os silenciou em própria casa é, apenas, uma amostra do que os espera em Alvalade!
20 Fevereiro, 2015 at 15:11
Daqui a uns meses virá o careca do Colina dizer q efectivamente precisamente fomos prejudicados, mas prontos pomos mais um pouco de vaselina e custa menos. Vão pró c… vendidos aos fundos e quejandos.
20 Fevereiro, 2015 at 15:28
Ainda em relação ao jogo, no lance do penalti que o árbitro não quis marcar e na mesma jogada há mais um lance novamente passível de marcação do castigo máximo! A bola depois de “ir” tocar no braço do vieirinha sobra para o Jefferson, este cruza a bola e esta vai novamente ao braço do defesa do Wolfs e segue para a linha de fundo! Para mim é penalti novamente! O Jeff é o unico a protestar, só vi este lançe repetido uma vez pela TV, mas como pus para trás na box dá para ver perfeitamente! Ou seja, o árbitro não quis marcar dois penalties e não um como se afirma!!! Claro q se marcasse o primeiro não haveria o segundo pois a jogada é a mesma, mas existiu dois lances passiveis de penalti!
20 Fevereiro, 2015 at 15:51
O do centro do Jefferson não me pareceu penalty apesar de ele ter protestado
20 Fevereiro, 2015 at 16:10
Ainda não li os comentários e fui fazer copy/paste do meu post no meu blog para vos dizer o que penso do jogo de ontem.
Antes disso, afirmo: Preferia ter perdido a jogar declaradamente ao ataque do que a jogar para o empate.
Aqui vai:
“Os últimos três jogos deixaram-me muito chateado e, como não queria ser injusto com os jogadores e o treinador, após o encontro não fui a blogs nem ao facebook fazer qualquer comentário ao mesmo.
Primeiro, tratei de reservar no site do Sporting os dois convites que me estavam destinados (o meu e o do meu pai) para colocar mais dois leões em Alvalade no domingo. Todo o apoio será pouco para ultrapassarmos por completo esta fase negativa.
Depois, fui dar banho ao miúdo e deitá-lo (tarefa que leva sempre mais de uma hora). Deu para não pensar no jogo e refrear os ânimos.
Vi o episódio que tinha ficado por assistir do Walking Dead, tudo isto para não dizer ou escrever nada ‘a quente’.
Depois voltei a pensar no jogo. Continuava frustrado. Normalmente vejo os jogos num qualquer streaming pois não tenho Sporttv mas hoje o jogo foi transmitido na SIC. Sentei-me novamente no sofá e fiz algo que normalmente não faço…puxei a box atrás e fui rever o jogo, desta vez sem a emoção que por vezes nos tira a frieza para analisar o que realmente se passou.
Começo pelo fim. Pelas palavras de Marco Silva após o jogo. Segundo o treinador leonino, na primeira parte cumprimos escrupulosamente o plano de jogo e na segunda foram os erros e a passividade que nos tramaram…isso e a ineficácia, pois tivemos duas boas oportunidades para marcar. Juntando a isto um penalti claro por assinalar, temos um resultado negativo e difícil de inverter na segunda mão.
A análise de Marco Silva não está, de todo, incorrecta e nem o plano de jogo pode ser totalmente censurado. O Sporting jogava frente a uma boa equipa, em sua casa e nada se decidia num só jogo. Fazendo fé nas palavras do ‘mister’ e atentando à sua satisfação com a primeira parte, depreendo que o nosso plano de jogo passava por ser equilibrados defensivamente, controlando a bola e o adversário à distância, impedindo que este se aproximasse da nossa área da forma que mais gostam (em transições rápidas) e tentando explorar um ou outro erro para fazer um golo. Volto a frisar que o plano não me parece demasiado desajustado mas não seria o meu.
De facto, são dois lances de passividade generalizada, com um erro individual à mistura que estão na origem dos golos dos alemães. Jefferson nunca pode estar no local onde se encontra no primeiro golo, não só porque se encontra desfasado da restante linha defensiva, colocando Dost em jogo, como se encontra totalmente desenquadrado do lance, tapando a ala em vez do centro do terreno.
No segundo golo, é incrível como um livre a meio do meio campo defensivo do Wolfsburgo dá golo em quatro toques. Estava tudo a dormir e ninguém estorvou a acção dos alemães.
No entanto, temos de admitir que tendo em conta factores como a inexperiência, a juventude e o momento de menor inspiração da equipa um erro destes por jogo pode bem acontecer e ser aproveitado pelo adversário (foi aliás o que já se tinha passado em Belém e em Alvalade, frente ao Benfica).
Juntando a esta equação o tal penalti (que não sabemos se, assinalado, seria convertido) e os dois lances claros de golo falhados bate tudo certo com o que disse o nosso treinador.
Mas há que colocar nesta equação outros factores importantes na abordagem ao encontro que não foram tidos em conta.
A equipa não enfrenta um bom momento, sobretudo ofensivo. Aliás, mesmo nos melhores momentos da temporada nunca fomos uma equipa com um bom índice de aproveitamento das situações de perigo criadas. Diria até que, normalmente, só concretizamos uma a cada cinco oportunidades claras de golo criadas.
O nosso processo ofensivo esteve ontem reduzido a João Mário, Montero e Carrillo e, convenhamos, era improvável que fizéssemos golos com tão pouca participação em lances ofensivos. Só em dois lances tivemos outros jogadores envolvidos de forma decisiva no ataque e, curiosamente foram os dois únicos lances de perigo do jogo. No primeiro, Nani isola Carrillo que, em frente a Benaglio, atira ao lado. No segundo, Mané (que tinha entrado para o lugar de Carrillo) descobre Cédric que colocou com conta, peso e medida a bola na cabeça de João Mário que, escandalosamente, atirou ao lado. Benaglio não fez uma única defesa para amostra, ao contrário de Patrício, que voltou a mostrar a fibra de que é feito.
Só dois jogadores se exibiram a bom nível: Patrício e João Mário.
Foram também dois os que merecem nota negativa: Nani e Jefferson.
Todos os outros estiveram em plano aceitável.
Marco Silva não se pode dizer que tenha estado mal no escalonamento da equipa (embora eu tivesse optado por um ‘onze’ e uma estratégia diferentes, como já tinha referido antes do encontro) mas voltou a estar mal na leitura do encontro e, consequentemente nas substituições.
Se até ao segundo golo não tenho grandes reparos a fazer (embora Nani fosse uma nulidade e Adrien se limitasse a fazer de muleta a Rosell) o mesmo não se pode dizer no momento em que Dost ampliou o resultado para 2-0.
Marco Silva demorou sete minutos a mexer na equipa quando deveria, assim que a bola entrou na baliza de Rui Patrício ter chamado Mané. Mané que, na minha opinião deveria ter substituído Adrien ou Nani ao contrário de Carrillo.
Lançar Tanaka e André Martins a dez minutos do final e em troca com Montero e Rosell tem inconsequência e previsibilidade em doses semelhantes. Não arriscou nada e limitou-se a esperar por um golpe de sorte.
A ausência de Ryan Gauld do banco de suplentes é, para mim, incompreensível. Ou se assume que o escocês é jogador da equipa B e que é lá que vai terminar a temporada, não queimando etapas ou não se leva o jogador passear à Alemanha, desfalcando a equipa B (que mesmo sem ele venceu, ao contrário da equipa principal que nem venceu nem utilizou o jogador).”
20 Fevereiro, 2015 at 16:18
100% de acordo.
20 Fevereiro, 2015 at 16:16
100% de acordo, aqui:
http://www.asredesdodamas.com/2015/02/no-sporting-nao-ha-espaco-para-critica.html
20 Fevereiro, 2015 at 16:41
estamos no mm ponto qd sa pinto disse ” nao estsmos fortes..estamos fortissimos!”….
20 Fevereiro, 2015 at 16:44
Estamos todos f****, eu pelo menos estou, não tanto pelo jogo de ontem mas mais pelo o que a equipa n conseguiu fazer nos 2 jogos que o antecederam (vamos ser realistas, este Wolsf neste momento é uma equipa bastante superior a nós).
Já o afirmei aqui várias vezes que este treinador era o meu escolhido, mas que neste momento está longe de entusiasmar e chego mesmo a colocar em dúvida de será o tal homemdoprojecto.
Mas já que chegámos aqui, e o que eu espero agora é uma resposta afirmativa de todos, mas de todos mesmo…e que nos mostrem que podemos voltar a acreditar nesta equipa e que afinal não é mais que um grupo excursionista que só joga quando lhes apetece.
Que o sonso do MS acorde de vez e perceba o que tem em mãos!!
Que RPatricio deixe de ser GR de engate.
Que Jefferson deixe as paragens cerebrais no balneário.
Que Nani, estando agora no sitio que o faz feliz, comece também a retribuir com futebol.
Que Carrillo deixe de ser inconsequente…ou só joga para a renovação?!
Que Adrien e JM deixem de jogar futebol sem balizas…
Deixem-se de merdas! Façam-se homens!
Ps: juro que se domingo fizerem mais uma 1ª parte a fazer festinhas á bola mando-os todos para um sitio!!
21 Fevereiro, 2015 at 1:34
Já há algum tempo que a Tasca é ponto de paragem obrigatório na minha leitura diária. Os meus parabéns pelo Sportinguismo que impera neste espaço.
Quanto a esta posta não podia concordar mais com a análise que foi feita.Especialmente no que toca ao facto de esta eliminatória estar longe de perdida.
Já vi o nosso Sporting ultrapassar obstáculos mais dificeis.E com flying colours!!!
Portanto quinta-feira eu vou lá estar para te apoiar! No melhor e no pior, na saúde e na doença, na alegria e na tristeza.
SPORTING SEMPRE!!!!!