A discussão não é nova, mas voltou a assaltar-me na passada sexta-feira: apesar da equipa se mostrar sólida e mecanizada sem verdadeiros extremos, faz sentido deixá-los de fora em jogos contra equipas posicionadas no seu meio-campo e onde os desequilíbrios são fundamentais para levá-las de vencida?

Vem isto a propósito, obviamente, da entrada de Gelson Martins e do safanão que deu ao jogo. E a verdade é que um jogador como Gelson ou como Matheus, imprimem ao futebol do Sporting uma muito maior imprevisibilidade e rapidez, obrigando as defensivas contrárias a desposicionarem-se e a cometerem mais erros. Os desequilíbrios interiores até podem diminuir em relação ao que acontece com o João Mário e Bruno César nas alas, mas fará sentido prescindirmos da irreverência e da verticalidade no início dos jogos, nomeadamente naqueles que tendem a complicar-se com a ausência de um golo que sirva de abre latas?