Na tarde de 19 de março, Alvalade voltou a encher. Alvalade foi novamente o destino eleito para a romaria de mais de 46.000 adeptos, que envergavam a sua segunda pele, aquela que todos conhecemos como a verde e branca. Foi um dia particularmente especial. Era dia do Pai. E o Sporting jamais esqueceria isso. Pois para muitos, foi através deles, dos pais ou de outras figuras masculinas na nossa vida que para nós serão sempre nossos “pais” independentemente do laço de sangue ou grau parental que nos una, foram eles que nos fizeram Sportinguistas de alma e coração – que nascemos já com o ADN formado nas cores do Leão Rampante.

No entanto, e, apesar de este ter sido um jogo marcado pelo laço paternal e pelos 5 tiros certeiros dos nossos leões nas redes adversárias (e que bem que souberam), este jogo foi também marcante por outro grande motivo. Alvalade ouviu da voz do Comandante Vicente Moura que o Pavilhão João Rocha iria estar terminado daqui por UM ano! Sim, daqui a aproximadamente 365 dias finalmente poderemos encher o peito de orgulho ao dizer que o fim-de-semana é para passar no Pavilhão João Rocha. Não sou do tempo deste maravilhoso “leão”, mas a marca indelével que este Homem deixou no nosso Sporting será eterna e sempre um exemplo a seguir de verdadeiro amor à verde e branca, transpondo ainda mais uma carga emocional leonina exacerbadora a esta obra que se constrói a bom ritmo.

Esta infraestrutura já conta, desde os primeiros alicerces, uma história distinta de outros tantos pavilhões de desporto ou multiusos. Em primeiro lugar vai ser a “casa” tão desejada das nossas modalidades, das modalidades do Sporting Clube de Portugal, em segundo, fomos todos nós que o ajudámos a crescer e a construir – que de muitas formas o patrocinámos com muito ou com pouco, com ou sem esforço, foram todos aqueles que de boa vontade o fizeram e que ajudaram a erguer cada parede daquele mítico Pavilhão.

E é por isto que este Pavilhão está logo à partida carregado, de um enorme simbolismo e emoção leonina. É por isto que é Missão de todos. Pois ninguém, jamais conseguirá apagar da história a missão que foi dos Sportinguistas. E é essa a história que ficará para sempre marcada nas paredes daquele Pavilhão, ou melhor, eternizada num mural que mostra o nome de cada Sportinguista que com o seu donativo ajudou a erguer o Pavilhão João Rocha, materializando um sonho. O sonho de todos. E, daqui por um ano eu serei uma das muitas e muitos sportinguistas que ao visitarem mais uma das nossas casas, pela primeira vez, irão sentir o peito a rebentar-lhe de orgulho por fazerem parte de mais um pedaço de história verde e branco.

 

ESCRITO POR Margarida Bibe
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]