Um rapazinho, em Inglaterra, num liceu em Rugby, durante um jogo de football, agarrou na bola e em vez de a chutar para a frente ou passar, correu com ela, até passar a linha de golo da baliza.
O seu nome: William Webb Elis. História mil vezes contada, mais vezes ainda embelezada, e sei lá que mais.

Mais tarde, vemos que o Império britânico, com o surgimento de conflitos no seu vasto Império, e com um maior acesso ao estudo da sua população, e à informação, ficou num dilema. Como “produzir” oficiais, não só competentes, mas também destemidos, e que se façam respeitar pelo povo, cada vez mais instruído? Esses oficiais teriam que ser parte da nobreza, mas com o emburguesamento da nobreza, estava montado um cabo dos trabalhos. A solução encontrada, foi divulgar o rugby, nos colégios de elite, frequentados pelos filhos dos nobres, e daí para as academias militares.

A ordem e a disciplina aí ganhas pelos tenros oficiais nessas batalhas de rugby, só era comparável à luta de baionetas nos campos de batalhas das guerras espalhadas pelo Império. Aqui chegados, vemos que a formação mental e a preparação mental, própria do rugby, fazia desses praticantes líderes em batalha, e ao acabar a guerra, nos negócios, e na vida em geral.

Como esta crónica tem que ser sobre rugby, mas também sobre o nosso Sporting, passo um pequeno exemplo. Após um jogo das selecções de Portugal e Canadá, um dos nossos bravos Leões invadiu o campo, para recolher autógrafos… o que era uma missão difícil, pois esse nosso atleta tem dificuldades de comunicação. Ao ver esta situação, o capitão do escalão dele, assumiu a tarefa em mãos, correram todo o campo, não faltou nem um autógrafo de um único jogador.

Vinham no fim abraçados e cansados, mas contentes. A batalha estava ganha. É desta fibra que é feita a formação no nosso rugby… Ganhar homens (e mulheres), inundados dos nossos valores… para que o Futuro possa ser nosso.

*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio