O circo está montado e, agora, até o palhaço mor resolve fazer o seu número. Se algum Sportinguista que se preze conseguiu conter o vómito ao ouvir ou ler o que foi dito na cerimónia realizada na CM de Lisboa, os meus parabéns: tens um estômago do cacete! Mas se pensas que o teste à tua resistência já terminou, estás muito enganado. Basta olhares para as capas dos desportivos e perceberes os camiões de carvão que estão encomendados e que, diariamente, levantarão uma poeirada capaz de confundir os mais desatentos.

A propósito de estar atento ou desatento, chamo a vossa atenção para a tentativa de colar o presidente do Sporting aos desacatos que terão existido por altura da recepção à equipa, no domingo à noite. O blogue Sporting News resume o que aconteceu:

«A polícia fez um cordão para passarem os carros dos jogadores. Mas eram milhares de pessoas e os carros não estavam a conseguir passar. Podia acontecer uma desgraça. Assim e porque o carro do Presidente era o último, ele decidiu sair do mesmo e ir ajudar a polícia e a comitiva do Sporting Clube de Portugal. E assim foi, com a sua ajuda conseguiu-se escoar todos os carros. Quando o Presidente ia regressar para o seu carro, para sua total surpresa, a polícia deixou de fazer o cordão e o Presidente viu-se envolvido por milhares de pessoas. Perdeu totalmente o contacto visual com o carro. Como a polícia tinha mandado os carros todos irem de seguida pela rua que de acesso à bomba da BP a segurança, pensando que o seu carro já tinha passado, levou-o até ao topo da rua.

Quando lá chegaram não estava o carro e alguns sportinguistas não gostaram de ver benfiquistas dentro do MacDonalds. O Presidente parou a confusão. Dois mais descontrolados, e que não estavam ao pé dele, entraram dentro do restaurante. Aí a polícia, que nada fez para tirar o Presidente daquela situação, nem sequer dava mostras de estar presente, interveio. Esta situação não durou muito mais do que um minuto. Mas, novamente para espanto geral, a polícia foi-se embora deixando o Presidente novamente sozinho. O carro afinal não estava ali e para evitar mais confusões o Presidente decidiu voltar para o Estádio levando atrás de si os sportinguistas, afastando-os assim de vez do referido restaurante. Depois sozinho teve de parar a multidão ao pé do Estádio, esperar novamente pelo seu carro, chegar ao pé dele e ir embora.

Tudo isto foi assistido desde o primeiro minuto pelas televisões e jornalistas que afinal optaram por manipular a informação. Uma atitude do Presidente que evitou males maiores foi dado como iniciativa que promoveu tumultos. Se nem estando no local a ver, os jornalistas relatam a verdade, para que servem os jornalistas?»