Muito se tem falado sobre os motivos que estarão na base dos últimos maus resultados e das exibições pouco conseguidas, bem como do facto de, esta época, o Sporting estar a sofrer mais golos. Olhemos para a análise do Goal Point

defesa2017

Face a estes números, notamos que:

  • Os “leões” permitem em média 6.9 remates por jogo, menos um do que na primeira temporada de Jesus em Alvalade. O problema é que 44% deles são enquadrados, contra 31% da época passada, o que indicia que o adversário está a disparar em condições mais favoráveis do que o fazia em 15/16 e, por isso, está a enquadrar mais remates (3 por jogo, contra 2.4 na época passada)
  • O Sporting tem uma média de 1.3 golos sofridos por jogo, contra 0.6 em 15/16. Todos os golos foram sofridos na sequência de remates de dentro da área, mas aí não ocorrem alterações de maior: dos 21 golos sofridos pelo “leão” na época passada, apenas um surgira de um disparo de fora da área.
  • Os “verde-e-brancos” somam 50 acções defensivas por jogo. Na época passada, a média situava-se nas 52. A principal diferença reside nos alívios: apenas 12 por jogo contra 14 em 15/16.
  • As faltas são em teoria uma variável “negativa”, mas quando evitam situações de perigo iminente passam rapidamente a “positivas” aos olhos dos adeptos (e treinadores): o “leão” cometia mais uma falta por jogo em 15/16 do que o faz neste momento.
  • O factor mais surpreendente acaba por ser a eficácia de Rui Patrício na hora de fazer frente aos disparos enquadrados: o campeão europeu apenas travou 58% dos remates enquadrados sofridos pelo Sporting, contra uma média de 76% na época passada.

 

Tudo isto vem reforçar o que temos falado na Tasca. Por exemplo, é inegável que a ausência de Slimani diminui a capacidade de pressão defensiva no terço mais avançado do terreno. Tal como é inegável que João Mário ajudava a fechar as zonas interiores e a disfarçar os problemas nas faixas laterais, os mesmos problemas que acabam por obrigar os centrais a dobras constantes e o próprio William a andar feito louco num imenso raio de acção. A ausência de Adrien só veio maximizar todos estes problemas antes que Jesus conseguisse encontrar a fórmula certa para ultrapassá-los.