Francisco J. Marques, diretor de comunicação do F. C. Porto, voltou a divulgar e-mails a que teve acesso para acusar o árbitro João Pinheiro de ter enviado a Paulo Gonçalves, assessor jurídico do Benfica, através do ex-delegado da Liga, Nuno Cabral, a reclamação de uma nota “muito insatisfatória” (2.3) que teve no jogo Moreirense-Belenenses, relativo à época de 2015/16.

“Isto prova que Nuno Cabral serviu de intermediário de comunicações privilegiadas entre o árbitro João Pinheiro e o Benfica, através de Paulo Gonçalves. Pinheiro queria que a nota subisse para 3.4, o que acabou por não acontecer. Esta é mais uma confirmação de procedimentos muito errados na arbitragem portuguesa. A Federação não pode continuar de braços cruzados”, afirmou o diretor portista, no programa “Universo Porto da Bancada”.

Marques revelou ainda que, antes do referido e-mail, datado de 23 de março de 2016, Paulo Gonçalves recebeu outro, enviado por Eva Mendes, alegado alter-ego de Nuno Cabral, a 19 de fevereiro de 2016, com o relatório do observador da arbitragem de João Pinheiro no Moreirense-Belenenses.

Contactado pelo JN, o presidente da APAF, Luciano Gonçalves, recusou comentar o caso, enquanto Nuno Cabral se manteve incontactável. Também o Record tentou contactar os três visados, recebendo recusa de todos eles em abordar o caso.