No primeiro clássico da época, o fcPorto veio a Alvalade e foi superior em grande parte do jogo. Rui Patrício, bem secundado por Coates e Mathieu, foi a figura, Acuña o mais inconformado e William chegou tarde. E faltou arriscar em busca do primeiro lugar, num empate que só mais tarde se perceberá se foi chapa ganha ou chapa gasta
Uma das maiores incógnitas em relação ao primeiro clássico da época prendia-se com a forma como o Sporting iria gerir o desgaste extra da partida frente ao Barcelona. Não que o fcPorto não tivesse, também, jogado para a Champions, mas nem todos os 90 minutos são iguais e os disputados pelos verde e brancos foram, sem margem para dúvidas, bem mais puxados e sem direito a poupanças. E cedo se percebeu que ou as marcas estavam lá ou que o Sporting entrava a poupar as pernas para não dar o berro antes do tempo.
Para um adepto que vai ao estádio na ânsia de uma vitória que nos catapulte para a frente da prova, isto é um teste à paciência. As equipas estavam totalmente encaixadas, as tácticas pareciam tiradas a papel químico, mas só o Porto conseguia encontrar forma de criar espaços e perigo junto à área leonina. Bruno Fernandes e Battaglia praticamente não acertavam um passe, William parecia ter escolhido mal as chuteiras e escorregava demasiadas vezes e todos os problemas começavam aí, na perda do meio-campo. Piccini ia continuando a calar críticas, mas Gelson está a pagar a factura de uma pré-época fora de tempo e defendia-se em demasia com fugas para o interior. Sobrava Acuña, enorme jogador, nunca dando uma bola por perdida e tentando fazer jogar. E, claro, Patrício, figura maior da equipa leonina com três ou quatro intervenções que garantiram a manutenção do zero no marcador, também com a ajuda da barra que desviou a cabeçada de Marega, pouco depois de William ter feito o primeiro remate do Sporting em toda a primeira parte, aos 42′, de cabeça, na sequência de um canto (e tanto cantos que o Sporting teve na primeira parte, sete, mais precisamente, para nem um aproveitar).
O intervalo, com direito a sentida despedida do gajo de quem me lembrei várias vezes durante a primeira parte, Adrien, fez bem à equipa leonina, capaz de praticamente anular a profundidade atacante do adversário. Coates, que fez uma belíssima partida, e Mathieu, foram senhoriais e o único lance de perigo azul nasce de um lançamento mal decidido pelo árbitro, que permite a Brahimi cruzar para Aboubakar ver Patrício voltar a abafá-lo. Antes, por volta dos 60′, Bruno Fernandes ganha uma bola à entrada da área, caminha em direcção à baliza e dispara uma bomba que sai por cima. Era a melhor e única oportunidade de golo em todo o jogo.
E quando o jogo ficou partido, faltou arriscar. Bruno César entrou muito bem na partida e deu outra consistência à posse de bola. William parecia ter estado a aquecer durante 75 minutos e partiu para 15 minutos finais onde meteu tudo e todos no bolso e ainda teve tempo para aquelas arrancadas de tartaruga ninja. O tabuleiro de jogo tinha equilibrado e pedia-se uma cartada táctica que o inclinasse para o lado verde e branco, mas nesta altura já nenhum dos treinadores pensava em arriscar. A entrada de Podence, aos 90 minutos, ainda a tempo de fugir a dois defesas e ganhar uma falta, foi sinal disso mesmo, com Jorge Jesus a lembrar-nos que o campeonato é uma maratona. Resta saber se, no final, seremos Lopes ou Mamede…
Take all the courage you have left
Wasted on fixing all the problems that you made in your own head
2 Outubro, 2017 at 16:14
Primeira parte péssima. Não houve qualquer jogada com cabeça, tronco e membros e o fcp esteve mais fresco que nós, não nos deixou respirar e conseguiu criar perigo várias vezes ao passo que nós tivémos o remate do Sir no canto.
A quantidade de falhas técnicas no jogo não pode ser explicada apenas com o cansaço.
Segunda parte melhorámos mas ainda assim sem criar um número de ocasiões de golo por aí além. Houve o remate do BF e mais nada.
Tendo em conta como o jogo correu, tem que ser visto como um ponto ganho.
Espero que JJ de mais minutos a outros jogadores porque custa ver uma equipa de rastos no início de Outubro!! A continuar assim, vamos estar de rastos em breve.
Esmifrar jogadores como Batta, BF, Gelson e Acuna terá os seus custos, mais cedo ou mais tarde.
Não sei o que se passa com Gelson & Dost mas espero que regressem rapidamente à boa forma.
É confrangedor ver as nossas bolas paradas. Chega a ser doloroso. Como é possível que com tantos “matacões” na equipa, não se crie qualquer perigo nos livres e cantos que dispomos? E não é de agora…
Não perdemos e espero que esta paragem nos seja benéfica para melhorar e corrigir o que estamos a fazer mal. É que não nos vejo a ganhar no ladrão com oaconteceu há 2 épocas.
2 Outubro, 2017 at 17:06
Se queria tentar a vitoria no maximo ao min 75 tinha obrigatoriamente q ir la para dentro podence por gelson e palhinha por bata.
Ao nao te-lo feito so veio demonstrar que para alem de ter medo em arriscar nao conta com os jogadores.
2 Outubro, 2017 at 17:57
+1906
O Sporting se quer ser campeão tem de assumir-se. A partir dos 60′ o fcputas rebentou e a partir dos 70’/75′ o jogo indicava que poderíamos discutir o resultado e chegar à vitória mas o treinador teve medo e não nada… O JJ deu a enésima prova que não sabe gerir nem o jogo, nem os jogadores que tem. Oxalá que me engane, mas com espírito destes não chegamos lá…
Hoje tá tudo calmo aqui porque os lampiões empataram, mas se tivessem ganho, ui!!! isto devia estar bonito!!!
SL
2 Outubro, 2017 at 18:00
e não fez nada.
PS aos 70’/75′ Podence teria de ter entrado para o lugar de Acuna. Gelson até jogou melhor na esquerda do que na direita.
2 Outubro, 2017 at 21:10
Eu acho que o JJ ficava satisfeito com o empate. Ele teve medo de perder. Ele sabia que era um jogo que acima de tudo não podíamos perder. No futuro veremos se foi bem ou mal calculado…
2 Outubro, 2017 at 18:29
Boas Tardes, Caros Tasqueiros.
Quatro jogos seguidos sem vencer e, definitivamente, o “embalo” que o SCP tinha desde o início do campeonato… foi-se.
O jogo com os andrades era para ganhar. Mais nada.
Mas NOVAMENTE o Treinador não quis arriscar. Se contra o Barcelona jogou para o empate (e novamente o velho adágio do “se jogas para empatar perdes” voltou a funcionar), contra os andrades no período em que o SCP estava a equilibrar o jogo não se dignou proceder às necessárias substituições para tentar ganhar (a entrada do Podence ao minuto 90 é, então, coisa tão estúpida quanto reles).
Esta pausa vem bem a calhar, porque as coisas não estão bem (e pior, muito pior estariam se os milhafres tivessem ganho) e o Treinador precisa “dar corda aos sapatos”, porque assim não vamos lá.
SL
2 Outubro, 2017 at 20:42
Não li os comentários anteriores (por falta de tempo, não por falta de consideração) portanto talvez peque por repetir algo já aqui abordado.
Porque razão não entrou Podence mais cedo numa altura em que toda a gente percebeu que a esmagadora maioria dos jogadores já não podia com uma gata pelo rabo?
8 Outubro, 2017 at 8:18
Grande música e grande banda!!!
Bem, Cherba 😉