O Síndrome de Hollywood* ficou bem patente no episódio bíblico da Paixão que não foi a de Cristo crucificado mas antes de Bruno de Carvalho – e com vários Judas entre os Apóstolos – iniciado em Fevereiro deste ano. Parece e espero que já tenha acabado, mas estou curioso em saber qual o verdadeiro argumento… Esta referência religiosa inicial mais não é que uma tentativa de me acalmar a mim mesmo e evitar que mande tudo para baixo de Braga!

Usar uma série de palavrões seria mais profilático já que ao proferi-los, faria uma catarse às emoções quentes que tudo isto me tem provocado e clarificava muito melhor tudo o que se passou. O caráter forte e assertivo destes vocábulos tem essa virtuosidade de explicar clara e sucintamente muita coisa, além de pôr as coisas e as pessoas no seu devido lugar. Mas vamos para onde isto vai, diz o cego para o coxo… Mas chega de palha, que os Leões comem é carne!!!

O Síndrome de Hollywood explica-se como sendo um deslumbramento tal e qual ao passear naquelas ruas muito bonitas dessa cidade dos sonhos e onde se fazem gravações de cenas para os filmes (e que filme este!). São ruas sempre novas, muito arranjadinhas e bonitas que os turistas adoram e nas quais se sentem maravilhados, mas que sabem exatamente não serem reais e que os edifícios são apenas fachadas (um dos catetos) e estacas (a hipotenusa). Mas os turistas, quando regressam de férias, vivem o seu dia-a-dia como se aquilo fosse real e que pudesse, um dia, ser a sua própria rua! Na verdade, as pessoas acreditam no Pai Natal, mesmo assegurando a pés juntos que não! E toda a gente que lhe vier alimentar essa ideia é que fala bem! – porque diz o que ela quer ouvir… já quem diz a verdade, nua e crua, não vale merda nenhuma…

Acontece muito com os políticos, que não querem fazer ondas e, que na base da procura de um consenso (não fazendo ondas) tentam chegar um compromisso para obter esse mesmo consenso (o que está correto e é o que se espera dele que nos governam!) mas que se desvirtua quando as cedências põe em causa convicções, direitos mínimos, diretivas futuras e tanto outro paleio…
E isto tudo é transversal ao resto da sociedade porque, precisamente, os políticos provêm dela e vê-se o mesmo nas empresas, nas associações, na padaria, na loja de telemóveis, no jardim, nos semáforos, no cabeleireiro, na casa de banho, etc. e no futebol, como já se percebeu… E ainda no carro que escolhemos para os amigos verem, na casa que fazemos e onde fazemos, nas festas que frequentamos e com quem frequentamos, na escola que escolhemos para os nossos filhos, nos sítios para onde vamos de férias, no que pomos no facebook, tantas vezes para os outros verem o ‘ai tão bem que está’ em detrimento do ‘ai tão bem que me sinto, que devo fazer ou proporcionar aos meus’… É um facto que a pressão social, política, institucional ou profissional existe quando o que devia existir era a pressão na bica da cerveja!

São as convicções, portanto, o que devemos consolidar. E o consenso nunca pode ser conquistado à custa da cedência total dessas convicções sob a pena de ser uma paz podre. Pode e deve, isso sim, haver compromissos de parte a parte, mas sempre com um mínimo de convicções que deva ser assegurado e essa linha vermelha (arghhh!) foi muitas vezes ultrapassada no passado do Sporting. No entanto, com BdC, a situação foi reposta e mantiveram-se com dignidade, ao contrário do que se disse (diz) por aí muito à custa do aço testicular que a partir de Fevereiro alguns foram perdendo…

Essa pressão pelos motivos errados delapidou a equipa do BdC (ou o próprio!) e começou a desmembrar o seu núcleo duro, o que, eventualmente, ele nunca esperou que tal viesse a acontecer, pelo menos nesta dimensão. É nestas alturas que temos de aprender a escolher se vamos com o rebanho ou não e, aqui neste caso concreto do BdC, o buzz criado à volta dele envolveu e desenvolveu muita carneirada que se pôs à cornada uns com os outros em vez de seguir em frente à procura de prados mais verdejantes (lá vem a Bíblia outra vez…), embora quando Carlos Vieira veio dizer a mesma coisa na entrevista sobre um assalto orquestrado houve alguém que, imediatamente, teve alta do hospital psiquiátrico!…

Mas foi destituído, ponto. Agora é que porca torce o rabo e vamos todos estar mais atentos ao que for feito e às contradições em relação a tudo o que já foi dito sobre o estado psíquico ou sanidade mental ou a qualidade do pó ou o carvalho da silva… Não se percebe é como tudo muda e sem nenhuma razão!…

Ao longo deste tempo, as pessoas olharam para o significado das palavras que eram ditas sem olharem ao contexto em que foram proferidas; ouviram o ‘disse que disse’ e deram-no como certo, esquecendo o que os antigos dizem há muito: ‘quem conta um conto acrescenta um ponto’ e olhando sempre para a árvore seca e não para os hectares circundantes da floresta verdejante e vigorosa! (olha, olha, aqui, não meteu a Bíblia!) Mas quem incendeia sabe que não tem combustível suficiente para manter o fogo durante muito tempo, mas lá vai servindo para uns fogachos assustadores, jogando com a psicologia do histerismo coletivo para dar ideia de um grande e devastador incêndio a partir de um pequeno fósforo numa cozinha das antigas, em pedra, e num dia de inverno… Mais, não foi uma tempestade num copo de água, foi um Apocalipse! (pronto, lá está o gajo outra vez!…).

Houve muita gente que se deixou levar e a esses o perdão está garantido (falo apenas de sócios, adeptos e simpatizantes; os assalariados não entram! – digo eu…) desde que o reconheçam e voltem para este lado da cerca, de onde nunca deveriam ter saído! E que isto sirva de lição para a vida toda (entenda-se não só numa perspetiva temporal mas, também, espacial: na sociedade, no trabalho, na família, etc. porque é tão só de convicções de que se trata tudo isto de que tenho falado aqui ao balcão da Tasca (e, por falar em Tasca, já estou a ficar com uma sede do catano!)

A todos os outros que o fizeram com intenção consciente de prejudicar o Sporting tenho vontade de os mandar todos mamar no fiambre da perna extra ou, por razões religiosas, na 5ª pata do cavalo e, por isso, que ide todos borrar a cara de merda!

* Com base no diagnóstico de Carlos Vítor, leão de gema e de clara, mas nunca do galinheiro!

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ESTE POST É DA AUTORIA DE… Carlos Vítor
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]