Bas Dost regressou, hoje, aos treinos e para lá da divisão de opiniões motivadas pela rescisão e recente anúncio da continuidade, há uma vertente puramente futebolística relacionada com o holandês que também provoca discordâncias: Dost torna, ou não, o futebol do Sporting mais previsível?
A minha resposta é “não”!. Ou, se preferirem, não foi Dost que tornou o futebol do Sporting previsível; foi o modelo escolhido e petrificado que levou a que isso acontecesse.
Creio não haver uma única equipa que se queixe de ter um gajo que marca 70 golos em duas épocas. Mais, um gajo que marca 70 golos em duas épocas numa equipa a jogar muitas vezes a passo, sem rasgo e com partidas onde não existia um único cruzamento, alto ou baixo, que permitisse aproveitar as características do holandês. Pior ainda, numa equipa refém de um único esquema táctico e sem vontade de alterá-lo, embatendo de forma parva e repetitiva nos muros defensivos adversários.
Dost é um goleador nato e um dos pontas-de-lança mais inteligentes que passaram pelo Sporting. É verdade que, por vezes, essa inteligência se torna enervante quando ele procura servir companheiros em vez de rematar à baliza, mas só quem estiver de má fá poderá questionar o quão bons são, na sua maioria, os movimentos que o 28 faz ao longo de uma partida. Atente-se na quantidade de vezes que Dost recua para servir de pivot; atente-se na quantidade de duelos aéreos que Dost conquista colocando a bola jogável nos companheiros.
Sim, é verdade que não estamos a falar de um ponta-de-lança pressionante como Liedson ou Slimani, mas também não me recordo de nos queixarmos do facto de Jardel não mexer o cu a não ser para atacar as bolas e metê-las lá dentro. A pressão e a construção ficavam a cargo dos colegas e de uma táctica pensada para tirar o maior proveito possível de uma máquina de fazer golos.
Dost poderá não ser Jardel (ainda não marcou com o cu, por exemplo), mas é, também ele, uma máquina de fazer golos. Mas como todas as máquinas, também ele vive de um conjunto de peças que tornem a mecânica num sucesso. E, em meu entender, jogadores como Nani, Matheus, Chico, Raphinha ou Bruno Fernandes, têm mais do que capacidade para serem essas peças que desbaratam as defensivas adversárias e deixam o goleador preocupado com a sua principal tarefa: marcar, marcar, marcar!
23 Julho, 2018 at 18:58
Só aqui um aparte que poucos se devem lembrar
http://relvado.aeiou.pt/sporting/slimani-no-sporting-b-498555
24 Julho, 2018 at 22:42
Pois é!!
Amochou, voltou.
Foi pro.
Cresceu.
Saiu por 30 m…. E já de deve ter arrependido!!
23 Julho, 2018 at 19:02
A renovação de contrato foi para premiar a chantagem?
23 Julho, 2018 at 19:05
Bom, bom, tinha sido o BdC ficar, isto ir parar à Fifa ( Ou chegarem a acordo para o Bas Dost sair, mesmo que não o merecesse pois deveria ter, primeiro, falado com as pessoas e pedir para sair… A não ser que, afinal, não quisesse mesmo sair. *mindfuck* ), e ter trazido o Slimani.
E este post do Cherba não existiria ( Bem como muitos outros posts e comentários nossos )
Essa é que é essa.
🙂
Mas sigaaaaa
23 Julho, 2018 at 20:20
o Dost é para 4-4-2… ou 3-4-3
nunca pode jogar sozinho no meio dos centrais.
23 Julho, 2018 at 20:29
O pessoal equaciona mesmo abdicar de um PL que mete 70 golos em 2 anos?
23 Julho, 2018 at 20:38
É o mesmo tipo de pessoal que fala mal do Ronaldo por só marcar dentro da pequena área. Dost=Golos, ponto. O último que tivemos assim tinha alcunha de video-jogo, curtia snifar umas linhas, mas dentro do rectângulo era o melhor.
A pergunta que fica é: era ele o previsível ou eram os extremos que tinham 0 jogo interior e só sabiam ir à linha cruzar? (mais para o Acuña do que para o Gelson)
23 Julho, 2018 at 21:27
Bas Dost para mim nunca é problema mas sim solução.
O que acho que faltou muitas vezes no ano passado foi apoio. Mais gente à sua volta que conseguisse ajudar a variar o jogo interior com o exterior e de jogar em velocidade. Matheus, Raphinha e Nani ajudam a que isso aconteça.
Teremos também laterais mais balanceados para a frente. Sobra a questão de como é que se vai equilibrar a equipa com laterais mais ofensivos e alas mais fantasistas. É preciso um trinco em modo tanque e 2 médios centro com capacidade de jogar e de defender bem. B. Fernandes é obviamente 1 deles. Fica o outro em aberto.
Para muitos jogos pode ser o Geraldes se ganhar essa intensidade. Para outros o Wendell…
Mais uma vez… Dost é parte da solução, nunca o problema. Toda a equipa tem é ser construída para saber variar o seu jogo. Seja um jogo mais paciente e de meter lá a bola (conseguindo mais gente na área), sendo um jogo de velocidade e de aproveitamento dos espaços e das 2as bolas que ele ganha.
PS: quando é que acaba o contrato do Matheus e do Geraldes?! Se for em 2020 é urgente renovar antes de apostar a sério.
24 Julho, 2018 at 6:40
Há aqui malta (fodidos com outras merdas) que não se lembra de um tal de Jardel que não foi para os lamps pq um tal de Gaspar Ramos e Toni disseram que “não é bem o jogador que queremos. Ele só sabe marcar golos!”.
PC tratou do assunto e até um título Jardel nos deu.
Se a equipa não souber jogar com Bas Dost é menos um. Se souber jogar com ele é mais dois.
Slimani… é mais 3.