O Sporting anunciou ter chegado a acordo com Manchester City para a transferência de Félix Correia. A notícia já circulava há muito, faltava perceber em que moldes iria acontecer. E, agora que circulam informações sobre o mecanismo do acordo (tudo via comunicação social, que os comunicados continuam em lacónico copy-paste), podemos olhar para esta situação de duas formas.

Copo Meio Cheio
Félix Correia estava em final de contrato e rejeitou sempre as tentativas do Sporting em renová-lo, acabando, mesmo por ser afastado da equipa de juniores. Em janeiro seria um jogador livre e poderia assinar por qualquer clube a custo zero. Assim sendo, o Sporting encaixa 3,5 milhões de euros no imediato e fica a torcer para que o jogador confirme todas as expectativas e atinja as variáveis relacionadas com a performance desportiva para, dessa forma, receber mais 12,5 milhões de euros (o máximo que o Sporting poderá receber são 15,5 milhões). Os leões garantiram ainda 10% de uma futura transferência.

Copo Meio Vazio
Fomos uma vez mais ineficazes a segurar um dos mais promissores produtos da nossa formação. Atempadamente valorizado e com contrato renovado, Correia tinha tudo para render numa futura venda, sem grande problema, o dobro do máximo que poderá valer-nos se atingir todas as variáveis. Eleito para o ‘onze’ ideal do recente Euro 2019 de sub-19, o avançado tem o futuro a seu favor e se imaginarmos que um dia sai do City por 50 milhões, isso significa que, na melhor das hipóteses e num espaço de tempo incalculável, arrecadamos 20,5 milhões com esta transferência.