Depois de duas vitórias na casa dos 20 pontos de diferença, frente ao Galitos do Barreiro e ao Imortal, equipas que defrontarão o Sporting na Liga está época, a nossa equipa estreava-se no pavilhão João Rocha para disputar o troféu Stromp. O adversário, a Ovarense. Uma equipa liderada por um homem experiente do nosso basquetebol e outrora um dos melhores bases portugueses, Nuno Manarte.

Em primeiro lugar, foi digno de realce o ambiente que antecedeu o jogo no pavilhão. Uma apresentação pensada para dar a oportunidade aos miúdos da formação de estarem próximos dos atletas seniores, concretizando os sonhos de muitos. O espetáculo de som e luzes foi digno da NBA. Melhor ainda, foi a presença de muitos adeptos sportinguistas, que praticamente esgotaram a lotação do pavilhão. Inclusivamente, estiveram presentes, com destaque para a JuveLeo em número alargado. E sentiu-se o ambiente Sporting.

Nas modalidades respira-se melhor, sente-se mais o oxigénio. Não acreditam? Vão à Sporting TV e puxem para trás.

Ainda antes do início do jogo, tempo para homenagem a uma lenda do Basquetebol leonino, Hermínio Barreto, que entregou a bola ao árbitro para início de jogo. E foi assim que recomeçámos, com Ty Toney, James Ellisor, Travante Williams, Brand Nazione e Abu, o homem que já entrou no coração dos fãs, no cinco inicial.

O Sporting entrou muito bem no jogo, com transições rápidas para o ataque e uma garra muito grande em termos defensivos. No entanto, alguma falta de paciência pelas melhores soluções de lançamento não permitiram que o Sporting fugisse no marcador logo na primeira parte do jogo. Destaque para a rotação de todos os jogadores, com uma vontade coletiva de mostrar serviço ao nosso coach, Luís Magalhães. Pedro Catarino, por exemplo, entrou agressivo com dois triplos consecutivos que animaram as bancadas. Assim, fomos para o intervalo a vencer, 39-36.

No terceiro quarto, e depois de uma homenagem bonita a alguns dos jogadores que deram o título nacional ao Sporting em 1982, a nossa equipa entrou decidida a conquistar a vitória. Travante Williams reiniciou a festa com uma bomba de três pontos que nos catapultou. A faltarem 5:28 para o final do terceiro quarto, um afundanço para o nosso Abu, a mostrar um arrojo que nos colocou com 10 pontos de vantagem, dos quais já não abdicaríamos.

No resto do jogo, espaço para dar minutos aos jovens, demonstrando que temos um banco competente e ambicioso. O jogo terminou com 74-64.

Assim, é possível tirar algumas ilações da hierarquia que Magalhães tem em mente.

Posição 1
Ty Toney
Diogo Ventura
Francisco Amiel

Posição 2
James Ellisor
Pedro Catarino
André Cruz

Posição 3
Travante Williams
Jorge Embaló

Posição 4
Brandon Nazione
Diogo Araújo
Candido Sá

Posição 5
Abu
Claudio Fonseca
Manjate
João Fernandes

Com isto, o principal fator que impressionou no nosso jogo foi a qualidade defensiva, com solidariedade clara e ajudas consecutivas e eficazes. É fantástico que nesta fase prematura da época esse trabalho já seja tão visível. De resto, temos bons jogadores em todas as posições, e temos atletas sedentos de brilhar. O pináculo, hoje, foi o nosso gigante Abu!

Estamos prontos. Que venha a Liga, que estamos há 25 anos à espera!

*às terças, o Professor X faz-nos voar em direcção ao cesto enquanto nos conta tudo sobre o Basquetebol leonino