“Jovane e Plata são dois jovens em quem acreditamos muito e que estão ansiosos por mostrar que podem ser soluções. O futuro do Sporting está no Jovane, Plata, Camacho, Max… Jogadores que têm de começar a ter minutos e outros que não estão. Têm muita ambição e vontade de jogar no Sporting. Precisamos de jogadores com irreverência e com vontade de vingar. É um fator importante. Fico muito contente por eles”.

As palavras são de Silas, no final do jogo frente ao Marítimo, o mesmo jogo onde Pedro Mendes foi parar à bancada recebendo mais um sinal de que não conta (ou não contava até Luiz Phellype se lesionar). E é precisamente nesta diferença entre palavras e actos que se gere o actual plantel do Sporting.

A aposta na formação continua a ser chavão. Max agarrou o lugar, é verdade, mas a titularidade de jogadores como Jesé, a ausência de oportunidades a Pedro Mendes, a falta de vontade de dar minutos a Joelson (que ainda foi tapado pela merda do Fernando, nos sub23) ou Matheus Nunes, vão-nos fazendo lembrar aquele gajo que falava, falava, falava e…

Ora, no momento em que o Sporting perde o seu melhor e mais influente jogador, Silas tem oportunidade de baralhar e dar de novo. Tal como quem gere a pasta do futebol tem oportunidade de deixar o dinheiro em caixa em vez de ir a correr fazer novos e estúpidos empréstimos em fecho de mercado.

Querem gastar dinheiro? Compensem o Estoril por quebra de empréstimo e tragam o Daniel Bragança. Mais que isso? Esqueçam. Há uma oportunidade para ser dada a Francisco Geraldes. Há uma oportunidade para ser dada a Pedro Mendes. Camacho e Plata têm que jogar e jogar e jogar. Jovane é um joker, tal como Joelson e Bruno Tavares podem ser. Matheus Nunes devia ter prioridade em relação a Battaglia. Bruno Paz tem que regressar tendo já em vista a próxima época. Desistimos de Bernardo Sousa e Bruno Paz?

O futuro do Sporting está neles, sim, Silas. Será que tens vontade de passar das palavras aos actos, mesmo sem saberes se o teu futuro continuará a ser verde e branco?