A chegada da dupla americana Christen Press e Tobin Heath ao Manchester United foi considerada uma jogada inteligente pelo técnico Casey Stoney, por todo o poder de fogo que elas podem trazer à frente para o time ambicioso. Mas seu poder comercial foi provado para o clube antes mesmo de fazerem as suas respectivas estreias.
A notícia esta semana de que as vendas de camisetas com os nomes Press e Heath superaram as vendas de qualquer jogador do United nos primeiros três dias após terem sido contratados, levantou muitas sobrancelhas.
Isso também não aconteceu em um mês tranquilo de vendas de camisetas, aconteceu durante a janela de transferência de verão, quando os clubes espalhavam anúncios de sua última linha de kits nos rostos dos fãs diariamente. E ainda assim, as mulheres estavam superando os homens brevemente. Qualquer sugestão de que esses números podem ser um reflexo da insatisfação dos torcedores do United com o time masculino não está aqui nem ali, já que no Manchester City aconteceu uma história semelhante.
Em setembro, apenas algumas semanas após o início da temporada da Super Liga Feminina, a equipe feminina do City já havia ultrapassado o número total de vendas de camisetas durante toda a campanha de 2019-20. Rose Lavelle, que ingressou no clube em agosto junto com seu companheiro de equipe Sam Mewis, está entre os 10 primeiros em vendas de camisas em todo o clube – incluindo o time masculino – e Mewis, junto com Lucy Bronze, também ficou no topo 20. Na primeira semana de vendas das camisas americanas, 61% das vendas foram compradas em tamanhos masculinos.
A correlação não é difícil de ver e serve como uma justificativa para os clubes que anunciaram e ganharam a chegada de seus campeões mundiais à primeira divisão da Inglaterra. O perfil aproveitado por esses jogadores americanos, assim como por Alex Morgan, que posteriormente se juntou ao Tottenham, do outro lado do oceano e no mundo todo, tem sido muito discutido desde que eles fizeram suas jogadas marcantes para a WSL neste verão. Cada um deles tem centenas de milhares de seguidores na mídia social e seus anúncios viram seus respectivos clubes e a tendência da liga no Twitter. Isso tem um valor que vai além de curtir suas postagens e fotos.
Esses números se convertem em melhores visualizações dos jogos em toda a liga, à medida que mais fãs se interessam. Mais de dois milhões de pessoas assistiram ao programa de futebol feminino da BBC na primeira semana da temporada, depois que o futebol voltou de seis meses de folga.
O aumento da conversa no exterior estimulado por essas contratações de alto perfil – junto com Pernille Harder do Chelsea e Bronze do City – também significou um acordo de transmissão internacional para a Football Association, com jogos agora exibidos em várias plataformas na Alemanha, Itália e Estados Unidos. A Telegraph Sport também informou no mês passado que a Sky Sports teria assegurado os direitos de transmissão da WSL na próxima temporada, tal é o aumento do interesse, no primeiro acordo monetário neste país desde que a liga foi lançada em 2011.
O valor que as adições de grandes nomes trazem para a liga é claro, e os negócios de seis dígitos, alguns com rumores de quebra de recordes, também parecem estar valendo a pena para os clubes. Mais de dois terços das vendas de camisetas da Press e Heath do United foram para fãs dos Estados Unidos. O City também sabia disso, oferecendo frete grátis para os EUA em suas camisetas por 48 horas depois que Mewis e Lavelle se juntaram a eles, com seus anúncios apoiados por links ao vivo para a loja online, onde os fãs poderiam comprar imediatamente a camisa de seu jogador favorito.
A seleção feminina dos Estados Unidos tem muito mais sucesso do que a masculina, os jogadores são nomes conhecidos de uma forma que seus colegas homens só poderiam sonhar. Os clubes aqui tomaram nota, reconhecendo sua comercialização e também sua habilidade em campo. Nas lojas online dos clubes de Manchester, as mercadorias com os nomes das jogadoras femininas no verso podem ser pesquisadas ao lado da seleção masculina.
As camisas de Heath, Press, Lavelle, Mewis e Bronze estão espalhadas entre as tiras De Bruyne, Foden, Rashford e Cavani, enquanto os apostadores percorrem as páginas dos best-sellers dos respectivos sites dos clubes. Tê-los lado a lado não é apenas uma medida da abordagem do City e do United, mas também da maneira como eles reconheceram a influência que os nomes dessas jogadoras têm.
Esta temporada será lembrada como aquela em que as americanas vieram para jogar e também ajudou a provar que o futebol feminino não só valia a pena assistir, mas também valia a pena pagar.
Esses números de vendas de camisas são evidências sólidas contra o barulho fora do comum e surdo do tambor pelos dinossauros do Twitter de que “ninguém se importa com o futebol feminino”. Muito claramente, eles fazem.
este texto foi traduzido de forma rápida e selvagem através do google. Para leres o original podes clicar aqui.
12 Outubro, 2020 at 23:41
Tradução realmente rápida e selvagem…
13 Outubro, 2020 at 0:04
O campeonato inglês deu um grande pulo esta época e acompanhado do crescente interesse dos espetadores só aumenta a expetativa.
13 Outubro, 2020 at 2:37
Mesmo com “tradução rápida e selvagem” dá para perceber que “o pulo desta época” na FA WSL (Football Association Women’s Super League) e o “crescente interesse dos “decorre” de um quadro competitivo mais bem regulado, de um crescimento sustentado que já vem de há 5 a 6 épocas e de um investimento decisivo na primeira acção “concertada” no sentido da criação de um mercado internacional de futebolistas no FF.
Alguns dados prévios que deveriam servir de exemplo em Portugal e ao Sporting:
1 – a Premier League doou este verão 1M£ para a FA WSL destinados à realização de testes ao Corona-vírus; talvez fosse boa ideia a LPFP e a FPF se juntarem em idêntica doação para a Liga (Campeonato?) BPI Feminino;
2 – em dezembro de 2018 a VISA celebrou com a UEFA um contracto global de apoio ao Futebol feminino através da sponsorização até 2025 da UEFA Champions League, dos 2 Campeonatos Europeus seniores, dos Europeus sub19 e sub 17 e dos Torneios Europeus de Futsal; não se pede tanto , mas talvez não fosse mal visto a FPF, em vez de lançar postas de pescada misóginas e minimalistas para uma regulação estapafúrdia do FF e de criar quadros competitivos absolutamente aberrantes, preocupar-se mais com uma sponsorização de jeito para as suas competições internas no feminino e para as suas selecções.
3 – vou recordar 2 comentários que fiz em num meu post na série “O Futebol não é para meninas” (28º artigo), em 21 de Maio de 2019. O primeiro: “(…) a profissionalização é o caminho seguido em TODO O MUNDO. Ou acompanhas, ou esquece e perdes o combóio. Porque não podes ter 3 equipas profissionais e as outras amadoras. Não existe competição, assim. Tens apenas 4 ou 5 jogos que “puxam pelas atletas” por temporada e isso é extremamente pernicioso para os que investem. O pessoal tende a achar que é um problema para os “pequenos”, mas é exactamente o inverso. Os que não têm “pernas” para o andamento profissional ou “unhas para tocar esta guitarra”, santa paciência, desçam de divisão.O que não faz sentido é teres uma Liga BPI com 12 equipas!!! 12 equipas num paísinho de merda em que o FF está na pré-História!! Nos EUA a NWSL, a Liga Profissional americana tem 9 (NOVE!) equipas! 30 vezes mais população, o Futebol Feminino mais avançado do Mundo e a sua Liga profissional joga-se com 9 equipas! ” ou “O Sporting, o Benfica e o Braga teriam a obrigação de exigir à FPF que seguisse as recomendações expressas no “Women’s Football Strategy” da FIFA: criar condições para profissionalizar o Campeonato principal. O mais rápido possível, e sempre antes do próximo ciclo de novo Mundial. Ao cumprir com essa recomendação, a selecção faz-se naturalmente: os clubes que não preencham as condições para obterem a certificação para competir na Liga Profissional são excluídos. Ponto! Descem para a 2ª Divisão e começam aí a sua adaptação à profissionalização. Garanto que, iniciando a profissionalização integral na época 2021/22, o difícil será garantir que hajam 8 equipas que preencham os requisitos para participar. Mas, acreditem que, após haver um Campeonato Profissional, bem organizado e bem promovido por todos os envolvidos, cedo o FF começará a impor-se como uma excelente oportunidade de negócio e a atrair Clubes como o Porto, a Académica de Coimbra e outros que podem também movimentar boas assistências e tornar ainda mais atractiva a Modalidade para públicos e investidores. (…)”. Entretanto pior do que marcarmos pass nessa matéria (profissionalização da competições), parece que demos uns passos atrás.
4 – Finalmente permitam-me recordar o que já defendia em 28 de Maio de 2019 noutro post da mesma série: ” (…) Mas, não é só às questões regulamentares que o Sporting deve dedicar a sua máxima atenção e poder de influência; o Clube e a SAD têm que, DESDE JÁ, criar as condições de supremacia competitiva sustentável para melhor potenciar e aproveitar esse inevitável crescimento da Modalidade em todas as suas vertentes (desportiva, mediática, económica). E a melhor forma de conseguir essa supremacia é tirando partido das vantagens históricas, organizacionais, culturais e éticas que são apanágio do Sporting e caracterizam o Clube. Desde logo, do facto de sermos UM CLUBE DE DIMENSÃO NACIONAL E INTERNACIONAL, dimensão essa que se expressa e se sustenta de forma orgânica (Núcleos, Filiais, Delegações).
O lema “MAIS QUE UM CLUBE” a poucas outras organizações se aplicará com tanta verdade quanto ao Sporting Clube de Portugal. Envolver essa rede orgânica de sócios e adeptos na fidelização de um inigualável número de seguidores de uma equipa de FF, na capacidade de criação de eventos significantes e diferenciadores e na capacidade geração de receitas regulares e sustentadoras do necessário investimento para a competitividade é uma tarefa que deve começar … ONTEM!
Dou alguns exemplos. Imaginem a realização de 2 jogos de apresentação da equipa aos adeptos: um jogo em Alcochete com uma equipa estrangeira de menor dimensão mas com significado (por exemplo, o Lewes da FAWC, a 2ª divisão de Inglaterra, que ficou em 9º lugar mas se apresenta como o Clube mais Igualitário do Mundo no que respeita à igualdade de géneros); um outro jogo em Alvalade com uma equipa já de maior dimensão (o Atlético de Madrid, o Montpellier, ou, de preferência a Fiorentina). Para ambos os jogos se procurava, com a devida antecedência, uma boa promoção genérica na Sporting TV e no site do Sporting, nas Redes Sociais e no Jornal, desde logo incluindo-os nas vendas de Gamebox FF. Mas para ambos os jogos faziam-se também promoções adicionais internas e específicas, direccionadas a grupos de Núcleos: por exemplo, para o jogo de Alcochete, incentivava-se os Núcleos da Margem Sul (existem, pelo menos, emAlcochete, Barreiro, Montijo; Seixal, Almada, Costa da Caparica; Setúbal e Palmela) a organizarem uma deslocação conjunta com um pacote que incluiria, visita às instalações da Academia, convívio- repasto com espaços grill antes do jogo (ou com almoço buffet no refeitório da Academia), o bilhete para assistir ao jogo (ou aquisição promocional da gamebox) e a uma cerimónia conjunta dos dois clubes a anteceder o jogo; para o jogo no Alvalade, uma semana depois fazia-se o mesmo tipo de incentivo mas para grupos de Núcleos de: Lisboa (Alcântara, Olivais); da Linha e Concelho de Sintra (Cacem, Queluz, Sintra, Magoito, Almoçageme) ; da Linha e Concelho de Cascais (Paço de Arcos, Oeiras, Tires, Cascais); da chamada região saloia e da Região Oeste (para o Max e o Tomás não perderem a oportunidade – Caneças, Loures, Mafra, Torres Vedras, Peniche, Óbidos, Caldas da Rainha, Benedita); da linha de vila Franca e do Ribatejo (Sacavém, Alverca, Vila franca de Xira, Torres Novas, Alcanena, Tramagal, Alferrarede, Santarém); se o jogo fosse com a Fiorentina, envolver também os Grupos Organizados de Adeptos; incluir para os Núcleos um “pacote” com visitas de manhã ao Museu (entre as 09h e as 13h), convívio repasto entre todos (núcleos G.O.A.s e adeptos/as da Fiorentina) na zona das roulottes, bilhete para a cerimónia de apresentação oficial das jogadoras (e, no caso da Fiorentina, de homenagem memorial a Marco Ficini) e para o jogo. Em ambos os eventos ter produtos de merchandising FF à venda. Em ambos os eventos, um representante da SAD, a team Manager, e um representante do CD, reuniam com os Presidentes (ou seus representantes) dos Núcleos envolvidos, para exporem e debaterem formas e modelos de apoio e envolvimento com a equipa (nos dois sentidos) durante a época. Com apenas esses dois momentos poderiam já estar a iniciar a fidelização de várias dezenas de adeptos e associados ao FF. Mas, estariam, sobretudo a dar o mote sobre como fazer de cada jogo um momento de eperiência.um happening. Durante a época replicar este tipo de iniciativa (dimensionando as réplicas a Alcochete e a Alvalade), envolvendo diferentes grupos de Núcleos. Assim, estariam a criar uma rede de apoio não só aos jogos em casa mas também aos jogos fora, onde há sempre Núcleos presentes (aí até se poderia inverter o sentido do envolvimento: deslocar a equipa no dia anterior ao jogo e organizar com o Núcleo mais próximo – mas envolvendo os adjacentes – um jantar com a Team Manager, a treinadora e a capitã e uma acção de venda de merchandising com a intervenção de atletas que não estejam convocadas para o jogo mas que acompanhariam a equipa).
Se começarem já esta época, acreditem que tomarão uma boa dianteira no que respeitará às assistências médias aos jogos, à fidelização de adeptos e à criação de uma rede de apoio ao merchandising e às vendas de gameboxes, por exemplo. Estes exemplos referem-se a tirar partido da nossa dimensão orgânica nacional e ao envolvimento dos Núcleos, delegações e Filiais.
Eles poderiam até ser estendidos à realização de protocolos de apoio técnico para que conjuntos de Núcleos de proximidade pudessem criar equipas de Formação regionais, com a a marca Sporting (Academias Ladies com equipas a competir regionalmente e a estrutura central a acompanhar a sua evolução; e estaríamos ainda a contribuir para a expansão da Modalidade a nível nacional).
Mas há outras características que marcam muito da diferença do Clube: os Valores e a Ética, contam-se seguramente entre elas. E muito se poderá fazer para associar a actividade das atletas do FF a causas, trabalhando em conjunto com a Fundação Sporting, os Leões de Portugal e o Grupo Stromp em campanhas como: a Luta contra o Cancro (momeadamente o da Mama), a Luta pela Igualdade de Condições de Géneros, o Acolhimento e Integração de Refugiados, a luta contra o Racismo no Desporto e na Sociedade, a Luta contra a Violência no Desporto, a Luta pela Verdade Desportiva, a Luta pelo Desporto Inclusivo e Para Todos, a Promoção da Prática do desporto como Hábito Salutar de Vida.
E habituar o grande público a ver as caras das nossas atletas nessas campanhas, desempenhando assim um papel de Modelos Sociais. Muitas dessas campanhas até poderiam ser inciativa do departamento e associar outras atletas de outras Modalidades como as dos Desportos Adaptados, as do Rugby, as do Vóleibol, agora até as do Hóquei em Patins para também promover a empatia de todas as atletas com os adeptos, tornad~-as mais visíveis a estes.
Outra situação que nos distingue é o apoio dos adeptos independendo dos resultados do chamado “desporto-rei”; aí deveríamos ser criativos a gerar envolvimento, empatia e emoção dos adeptos e sócios, estabelecendo e divulgando metas de assistências aos jogos e de participação nos eventos ambiciosas, colocando-as como um “desafio” aos adeptos e associando-os SEMPRE ao cumprimento dessas metas, incentivando o seu orgulho leonino e fazendo-os sentir parte do sucesso.
Termino com alguns números que atestam o enorme crescimento do FF na Europa, nos último anos.
Em Espanha, a 17 de Março de 2019, bateu-se o record de assistências a um jogo de Clubes de FF (em Espanha, na Europa e no Mundo): 60.739 adeptos assistiram ao Atlético de Madrid- Barcelona, no Wanda Metropolitan. Já em Janeiro, o At. Bilbao-At. Madrid dos quartos de final da Taça da Rainha tinha registado 48.121 espectadores em San Mamés.
Uma semana depois, em 24 de Março, em Turim, o Juventus- Fiorentina bate o anterior record de assistências em Itália (que era de 14.000 espectadores, no ano anterior), ao ser presenciado por 39.027 adeptos.
A 23 de abril de 2019, também em França é batido o record de assistências na 20ª jornada da Divsion 1 Feminin, com o Olympique Lyonnais vs Paris Saint-Germain a levar ao Groupama Stadium de Décines 25 907 espectadores, batendo assim o anterior record de clubes de 22.050 espectadores para assistirem a um jogo entre as mesmas equipas mas para a Champions League de 2016 e ultrapassando mesmo o record de espectadores da selecção francesa que é de 24.385 assistentes contra a Grécia em Rennes para o Europeu de 2017. Este record será CERTAMENTE BATIDO NO MUNDIAL 2019, que terá lugar em França de 7 de Junho a 7 de Julho.
Em Portugal, o record de assistêmcias em jogos de Clubes deu-se na última final da Taça de Portugal (entre benfica e Valadares) com 12.632 espectadores, números que superaram o anterior máximo estabelecido na final de há 2 anos emtre Sporting e Braga (12.213 pessoas). Mas o jogo entre clubes que detém a maior assistência em Portugal foi o Benfica vs Sporting, um particular de solidariedade para com as vítimas em Moçambique do ciclone IDAI e que foi assistido por 15.204 pesssoas.
O Lewes, de que vos falei atrás, na 2ª Divisão inglesa, gerido por proprietários da Comunidade em que cada “owner” independente da sua doação (de 40£ a 1000£) apenas tem um voto, com um Estádio que dotou de 3.000 lugares sentados, teve uma assistência média de 2.976 espectadores o que significa um aumento de 100% relativamente ao ano anterior e de 1.000% (!!!) em relação há 3 anos apenas.
Nos Estados Unidos, a NWSL de 2019, que ainda vai a menos de 1/3 da sua fase regular, já teve 4 jogos com mais de 10.000 espectadores, um deles (Utah Royals vs Washington Spirit) com a presença de 18.015 espectadores
O Mundial que se seguirá ao de França, que decorrerá no ano 2023, já bateu o record de inscrição de candidatos à organização: Argentina, Austrália, Bolivia, Brazil, Colômbia, Japão, uma organização conjunta das duas Coreias, Nova Zelândia e África do Sul apresentaram candidatura.
São estes números e este crescimento que devem abrir os olhos aos dirigentes do Sporting para que perecebam que É ESTA A ALTURA PARA INVESTIR, TÃO FORTE QUANTO PUDERMOS, NÃO APENAS FINANCEIRAMENTE, MAS TAMBÉM ESTRUTURALMENTE, ORGÂNICAMENTE, EMOCIONALMENTE, E ENVOLVENDO TODO O CLUBE (ADEPTOS E SÓCIOS), numa vertente do Futebol cujo ritmo de crescimento já visível, só tenderá a aumentar exponencialmente nos próximos 10 anos.
Desculpem a extensão do comentário mas é um tema que acho importante demais para não ser recordado.
Um abraço e sudações leoninas
13 Outubro, 2020 at 10:29
OVAÇÃO!
13 Outubro, 2020 at 10:39
Na passada quarta feira começaram os treinos da formação do FF SCP no EUL.
Muita maltinha a comparecer, muito mais que eu esperava, e organização.
Estamos no bom caminho, mas há que “apressar” as coisas…
Grande abraço.
13 Outubro, 2020 at 12:46
A formação no FF sempre esteve muito bem. Exigente, a colocar as atletas perante cenários competitivos acima dos destinados às suas idades, fazendo-as jogar contra jogadoras (ou jogadores!) de outros escalões.
E já está a dar frutos na “alimentação da nossa equipa principal: Alícia Correia, Marta Ferreira, Andreia JJ, Neuza Besugo, Mariana Rosa, Carolina Beckert, Joana Martins, Neuza Besugo, Inês Gonçalves todas fizeram a maior parte da sua formação no Sporting e estão no plantel A senior (5 ainda com idade junior ou juvenil) e até agora, nos 3 jogos oficiais disputados na Liga BPI, entraram sem um total de 4 ou 5 por jogo, 2 ou 3 como titulares.
Um abraço ao Escondidinho e espero que o Râguebi caminhe com o mesmo sucesso. Saudações leoninas
13 Outubro, 2020 at 5:27
Mete “selvagem” nisso…eheheh
Todo o desporto feminino esta’ em crescimento, nao apenas o futebol, apenas isso.
Espero sinceramente que a nossa equipa de futeol feminino tenha varias hipoteses de jogar em Alvalade, a dias e horas de “familias irem ao estadio”, da mesma forma que desejo o mesmo para as outras equipas, no Joao Rocha.
SL
13 Outubro, 2020 at 10:18
O FF está em crescimento porque cada vez tem mais qualidade. É simples. A qualidade atrai interesse e o interesse atrai espectadores.
O Álvaro fala muito bem sobre todo este fenómeno.
É uma tristeza que o FF em Portugal tenha seguido o caminho que seguiu após o pico de interesse inicial de há uns anos quando o Sporting e o Braga decidiram apostar na modalidade.
Com a entrada do Benfic@, que arrasta muita gente, era de esperar um crescimento maior ainda.
Mas o desequilíbrio que se verifica, o abaixamento do nível de investimento das equipas, e a ridícula opção da FPF no quadro competitivo, quebrou um pouco o interesse que havia.
É de esperar que isso mude com a realização da fase final, onde provavelmente metade das equipas estarão a lutar pelo titulo – Sporting, Benfic@, Braga e Famalicão. Provavelmente haverá reforços para esta fase, elevando o nível um pouco até.
As pessoas até podem ser parvas em muita coisa mas não são parvas a escolher o entretenimento. Escolhem o que gostam e gostam do que tem qualidade e equilíbrio.
Ainda no passado jogo do Sporting mencionei a fraca qualidade do jogo na 1ª parte e como isso aborrece até espectadores bastante interessados na modalidade como é o meu caso.
Mencionei também que há jogadores que não evoluíram grande coisa desde que chegaram ao Sporting em 16/17 – não vou mencionar nomes para não ferir susceptibilidades. Ora isto deve-se à fraca competitividade que existe e à grande diferença de condições entre as diferentes equipas.
Era muito mais lógico reduzir o nº de equipas – 8 por exemplos – e fazer um campeonato noutros moldes. Ou a 4 voltas – dariam 28 jogos – ou em 2 fases, ambas a 2 voltas – uma com as 8 equipas e outra dividida em 2 grupos de 4 (20 jogos) – com a FPF a garantir certos requisitos para as 8 equipas poderem competir de uma forma mais aproximada.
Como as coisas estão, por opção da FPF, só mesmo os maluquinhos da bola feminina se interessam pela modalidade.
13 Outubro, 2020 at 19:46
Miguel, mas acho que os grandes ( e a FPF e a LPFP) Têm bastante “culpa no cartório”, no caso português. A FPF e a LPFP já deviam ter dado uma moratória para obrigar os Clubes das Ligas Profissionais a investir em equipas de FF.
Quando houve a abertura em que entraram directamente Braga, Sporting, Belenenses e Estoril (porque foram os únicos que assumiram a vontade em aderir ao projecto de desenvolvimento da Modalidade no feminino, não foi nenhuma benesse), deveria ter sido imposta uma moratória de até um máximo de 4 anos para os outros Clubes formarem equipas de FF (integrando as competições a partir do Nacional da 2ª Divisão que poderia ir alargando o seu quadro; nunca alargar o quadro da 1ª, pelo contrário, esse deveria ficar-se pelas 10 equipas), a 2ª divisão, a médio prazo cresceria para 3 zonas na 1º Fase do Nacional em vez das 2 actuais). Tivessem feito isso e, no máximo em 2021/22, teríamos na 1ª Divisão equipas de Clubes como o Sporting, o Benfica, o Braga, o Porto, o Guimarães, o Marítimo, o Famalicão, quiçá o Fófó e o Ouriense que têm tradição no FF.
Se os Clubes se apercebessem do potencial de crescimento do FF, fariam (alguns já o teriam feito) o investimento necessário para tentar aceder a bons lugares no ranking europeu de Clubes (na UEFA WCL – Women’s Champions League – já vai dando algum dinheiro em prémios e cuja tendência será para aumentar) e colocar em montra europeia os seus activos (num mercado que começa a ser interessante na Europa), nomeadamente os da Formação (para tirar maior rentabilidade, os Clubes seriam mais tentados a investir na Formação).
Por outro lado, os gabinetes de marketing e Comunicação dos grandes Clubes (no mínimo Sporting e Benfica e até o Braga) tinham a obrigação de já estar a investir na promoção da Modalidade, inclusive em campanhas conjuntas para promover os jogos entre eles com o compromisso que estes se realizariam nos seus recintos principais.
Com todas estas condições preenchidas, a LPFP e a FPF deveriam já ter negociado direitos televisivos para as épocas de 2021/22 a 2026/27, direitos esses centralizados e com regras de distribuição anual conforme o mérito, determinado pelas classificações do ano anterior.
Essas são as condições necessárias para o aumento da competitividade e da qualidade do FF português.
Sl
p.s.: mais uma vez chamo a atenção para que só as estapafúrdias comissões de MANUTENÇÃO DE CONTRACTO (?) recebidas por agentes de muitos dos nossos jogadores profissionais no Futebol Masculino, dariam um acréscimo de investimento no FF suficiente para construir uma equipa que este ano dificilmente não seria campeã e que poderia, nos anos seguintes, estar a disputar o título de campeã europeia.
15 Outubro, 2020 at 1:12
prof. Nuno Cristóvão, in A EVOLUÇÃO DO FUTEBOL FEMININO EM PORTUGAL
04/08/2020 por BOLA NO CHÃO, posted in FORMAÇÃO D´OURO
https://tinyurl.com/y4a3j59u
….
“Com o aparecimento da pandemia originada pelo covid 19, a FPF decidiu fazer uma reformulação completa dos quadros competitivos a nível sénior. Decisão muito contestada por alguns, apoiada por outros.
Como nunca fui pessoa de me esconder (um treinador sem opinião fundamentada dificilmente terá sucesso), logo no dia em que foi conhecida a decisão de alargamento da Liga BPI de 12 para 20 equipas, dividindo a fase inicial em duas zonas de 10, tive ocasião de manifestar a minha opinião a vários meios de comunicação social.
Mesmo sendo defensor de que a mais importante competição nacional deve ser jogada por todos os clubes a duas voltas, disse que achava brilhante (e não consigo encontrar outro adjetivo) a proposta feita pelo diretor técnico nacional (José Couceiro) e pela sua equipa. Teve uma visão estratégica de desenvolvimento do futebol praticado pelas mulheres e pelas raparigas de grande alcance que, acredito, terá um enorme impacto no desenvolvimento desta vertente no futuro.
Na minha visão, com esta proposta, procura-se acautelar investimentos importantes feitos por vários clubes nas suas equipas femininas, bem como diminuir as despesas no futuro próximo mas, mais importante que isto, promove-se um efetivo equilíbrio na competição, procurando aumentar a competitividade. É sabido que competição desequilibrada é uma competição com pouco interesse, que não promove o crescimento do jogo e das jogadoras e que não motiva o interesse do público e dos media. E sem este não há competição que resista e que cresça.
De facto, mesmo sendo a 1ª fase da competição a uma só volta, com 9 jogos (4 em casa e 5 fora ou viceversa – penso que pela incerteza de quando se pode recomeçar a atividade e se ela será contínua ou não), estou convicto que a competição será muito mais equilibrada e competitiva. Na zona sul, a que melhor conheço, tirando as 2 equipas profissionais existentes (Benfica e Sporting), na minha opinião, qualquer uma das 8 restantes pode ficar em 3º lugar ou descer de divisão.
A fase final de apuramento do clube campeão nacional, onde estarão as 4 primeiras classificadas das zonas norte e sul, irá ter jogos muito equilibrados, altamente competitivos, onde as equipas profissionais (no próxima ano serão 4 – as 2 já referidas do sul, mais o Braga e o Famalicão da zona norte) terão uma réplica muito grande das restantes 4, antevendo-se jogos muito abertos, com resultados imprevisíveis à partida e imprevistos, como nunca se viu numa competição feminina sénior em Portugal.
A fase de manutenção será outra competição a que todas as equipas quererão fugir. Estou em crer que será, também, muito equilibrada, com desfechos pouco previsíveis, pelo menos neste momento, face ao que já se sabe dos plantéis das equipas participantes nesta competição.”
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13 Outubro, 2020 at 10:30
Por curiosidade fui “espreitar” a lista dos campeões do FF…
Entre 85/86, primeiro campeão oficial, e 92/92, a prova chamava-se “Taça Nacional de Futebol Feminino”.
Só em 93/94 é que se passou a denominar “Campeonato Nacional de Futebol Feminino”.
É estranho que não coloquem os vencedores da “Taça Nacional de Futebol Feminino” na lista dos vencedores da Taça de Portugal, como fazem no futebol masculino… Uma óbvia dualidade de critérios dos inteligentes da FPF!
No FF, são tudo campeonatos, apesar da denominação da prova ser “Taça” nos primeiros 8 anos, todos ganhos pelo Boavista.
13 Outubro, 2020 at 11:08
E é verdade, por cá ninguém quer saber.
Se é certo que cada um come o que lhe põem no prato, também cabe a cada pessoa perseguir outros interesses.
O país é dominado pelo futebol, e hoje com a oferta televisiva é possível apanhar barrigadas de bola (masculina) sem perder tempo com Futebol Feminino (o Firefox), basquete, natação e outras paroladas.