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Memória curta

Penso que seja o Matheus Reis, que não deve sair sem mostrar o que pode valer na ala, e que poderá ser bastante.

Obrigado a ambos

Sim, o ideal é ler o blogue de um senil para ficar informado.
Não leiam o que diz o Malcolm por exemplo, ainda despertam.

É verdade que as VMOC só vencem em 2026 podendo (EM CONDIÇÕES NORMAIS) ser recompradas até lá. Mas o detentor do seu crédito pode vendê-las antes disso caso a Sporting SAD entre em incumprimento. E é bom lembrar que já teria incumprido o último pagamento dos seus juros, caso não tivesse accionado a moratória COVID. Tal como é bom perceber que a provisão para o efeito de pagamento dos juros da dívida aos bancos diminui quase 10 vezes estando agora apenas em pouco mais de 600.000€, o que é manifestamente insuficiente. E devemos ficar preocupados com a notícia de que os 2 bancos estão a tentar vender os seus créditos na Sporting SAD; porque quem comprar esses créditos poderá muito bem não ter a mesma complacência que têm tido os bancos (a quem não interessa ser accionista de SAD).
Mas, na minha opinião, o motivo mais relevante para esta Direcção do SCP tentar, o mais cedo possível, a compra das VMOC é o facto de quebrar argumentos de oposição, afastar dúvidas sobre a detenção maioritária da SAD pelo Clube e criar uma almofada para a valorização da SAD quer com operação de aumento do seu capital (uma vez que o Clube – através da SGPS – passará a ter quase 90% das acções, se fizer uma operação de aumento do capital accionista em 30% das actuais acções, continuará ater uma maioria confortável de quase 2/3), quer através do lançamento de Empréstimos Obrigacionistas com muito mais condições de sucesso do que o último. E tudo isso poderia constituir um enorme factor de unidade e de galvanização dos Sócios e adeptos.
A Sporting SAD tem neste momento, após a valorização do seu plantel com a conquista do campeonato, e com a entrada directa nos Grupos da Champions (e como Pote 1 no seu sorteio) a oportunidade de realização de alguma liquidez ( e crédito) para lhe permitir realizar essa operação e liquidar boa parte da sua dívida a fornecedores (nomeadamente ao Braga e à Gestifute) sem comprometer a recomposição do plantel.
Aliás, até acho que foi criada uma conjuntura em que essa recomposição implica mais receitas do que custos. Plantel com poucas necessidades de “aquisições” (Vinagre, Esgaio – não me agrada por ser compra ao Salvador, mas deve ser da confiança do treinador e é uma boa alternativa ao Porro em época com mais desgaste, talvez um avançado e alguns jovens da formação como Joelson e Essugo) com uma venda que pode gerar 60M€ (Nuno Mendes), muitos jogadores excedentários alguns com boas hipóteses de resolução gerando alguns M€ (Battaglia, Rosier, Misic, Pedro Mendes, Pedro Marques, mesmo Sporar), outros que convém resolver para deixar de pesar de vez na folha salarial (como Illori, Camacho, Doumbia e outros) e ainda o dinheiro da indemnização de Rafael Leão.
E é bom recordar que a próxima época deverá ter público, pelo que quanto mais forem as acções directivas que contribuam para a pacificação e motivação de sócios e adeptos maiores serão também as receitas correntes (gameboxes, bilhética, sponsoring, publicidade, merchandising).
Tudo somado, mesmo que o dinheiro da Champions entre mais tarde, as receitas extraordinárias poderão ultrapassar bem os 100M€ (com alguma sorte até passamos a Fase de Grupos, o que implica que a receita da Champions será bastante boa). E, se desportivamente houver uma gestão idêntica à deste ano, a tendência será a de, no ano seguinte, poder realizar novos encaixes significativos de receita extraordinária porque ainda muito mais valorizado sairá o plantel (e a nossa Formação).
Resta saber se a Direcção terá a capacidade de confirmar esta mudança do que tinha sido o seu paradigma (demasiado reactivo e pouco proactivo).
O anúncio da intenção de normalizar a relação com os G.O.A. é um “primeiro” muito bom sinal nesse sentido. A afirmação de Ruben Amorim sobre o que pretende para a próxima época (mexer pouco e bem) é outro bom sinal.
Se isso for concretizado, se manifestarem actos concretos de resolução da dívida da SAD e do Clube e se conseguirem bons resultados práticos no aproveitamento da onda desportiva para a galvanização dos adeptos e sócios, estarão a garantir uma muito maior união do Universo Sporting.
Outro passo decisivo no sentido de enterrar os machados de guerra (na minha opinião) seria o da promoção de proposta de reintegração de TODOS os sócios expulsos (com a excepção de Paulo Pereira Cristóvão, por ter sido condenado na Justiça por acto lesivo da reputação do Clube).
SL