Há umas semanas atrás presenciámos um episódio que já ninguém esperava ver. Um dos melhores jogadores do mundo, que fez toda a vida futebolística num clube, e sempre tinha passado a ideia de que nunca iria defender outro emblema, não conseguiu fintar o poder do dinheiro no futebol.
Este desporto é cada vez mais um negócio, e como qualquer negócio, para sobreviver, precisa movimentar dinheiro, capital. Isso deve-se essencialmente ao facto de o futebol mexer com emoções que levam a deslocação de massas sem uma forma racional, provocando consumismo exacerbado. Portanto um negócio precisa de procura e isso está garantido na paixão pela redondinha.
Ora, os agentes económicos e financeiros sabem disso, e quem realmente tem dinheiro para gastar vê no futebol o meio ideal para movimentar capital. E ainda que não se crie valor, desenvolvem-se outras situações, muitas vezes menos claras que ainda assim pouco importam desde que os clubes em questão ganhem títulos, vendam camisolas, movimente dinheiro necessário ao crescimento das economias onde os clubes que detêm essas fortunas se situam. Isso desvirtua os campeonatos, e muitos clubes de menor dimensão em Portugal já vivem essas realidades, podendo mesmo começar a acontecer em clubes de maior dimensão a perceber pelo interesse insistente de investidores americanos.
Com esta realidade, o Sporting tem que decidir se quer ganhar ou competir. Porque, assim que os grandes clubes vejam ser-lhes injetado dinheiros de origem externa, terão maiores capacidades de competir, comprar, segurar pérolas. Quando assim for, o clube de alvalade terá de aceitar ser gerido por fundos e investidores para ganhar ou pelo menos ser competitivo, ou manter a obrigatoriedade de vender os seus melhores jogadores para sobreviver, ficando assim mais longe de ganhar. Isso é facilmente percetível já hoje, uma vez que os Sportinguistas, quando desconfiam sequer que um dos nossos melhores jogadores está na iminência de sair, ficam desesperados. Podem dizer que não há insubstituíveis, como vimos com as saídas do Bruno Fernandes ou João Mário, mas a verdade é que há uns que fazem mais falta que outros.
Neste cenário cada vez mais real, os adeptos e sócios do Sporting têm de escolher se querem manter o clube deles, perdendo constantemente os seus melhores jogadores, muitas vezes por valores menores do que os merecidos (ainda que isso seja dito pelo mercado e poder negocial dos agentes), para que se possam pagar as contas, e ganhemos um ou outro títulos esporadicamente, ou um clube com poder financeiro para lutar contra multinacionais com fonte (mais ou menos) infinita de capital.
Para o mercado interno, e enquanto não entra dinheiro de fundos e investidores no capital dos mais diretos rivais, o actual modelo do Sporting vai chegando, desde que haja a competência técnica que existe hoje em dia no clube. Mas quando acontecer esse desvirtuamento competitivo, o clube leonino terá que seguir o mesmo caminho dos outros, ou encontrar uma fonte de receitas bem maior do que tentar ir todos os anos à Liga dos Campeões.
O negócio futebol continua a mudar, e era capaz de apostar que vão começar a surgir novas competições criadas por clubes que são já tão grandes ou maiores que as organizações de que são membros. Assim, o Sporting terá que estar atento para apanhar o comboio certo se quer sobreviver e continuar forte.
Eu preferia que o Sporting continuasse como está, mas não tenho a certeza que seja possível sobreviver neste modelo do futebol cada vez mais virado para o negócio e menos para o entretenimento de massas. Até porque, para as massas, o futebol já é mais uma doença e um vício do que entretenimento. E o negócio serve-se disso.
Texto escrito por Nuno Almeida no site Bolanarede.pt
*“outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom ou de polémico se vai escrevendo na internet verde e branca
27 Agosto, 2021 at 12:56
o que significa que o Messi “não conseguiu fintar o poder do dinheiro no futebol.”?
27 Agosto, 2021 at 13:11
Tu é que sabes. Tu é que escreveste o texto.
27 Agosto, 2021 at 14:40
E provas e links que provem isso?
27 Agosto, 2021 at 16:42
Prova o arroz doce com bolor que está divinal.
27 Agosto, 2021 at 17:19
Está tudo no Twitter (se está no Twitter é porque é… verdade).
27 Agosto, 2021 at 14:50
Exato…
O Messi não recebia quase nada num clube pobre…mas não aguentou…
Santa ignorância…
27 Agosto, 2021 at 15:35
A narrativa (socratismo/grilismo) de que o Messias é um desgraçado vítima da má gestão do Barcelona é um best seller.
27 Agosto, 2021 at 17:21
O grilismo é uma teoria nunca provada (nem pelo Twitter).
27 Agosto, 2021 at 13:20
Há quanto tempo nao temos um jogador que tenha feito toda a sua carreira em Alvalade, incluindo formação?
Até que ponto se consegue cumprir com o legitimo desejo dos trabalhadores de
ganhar mais dinheiro/viver novas experiências?
A máquina consome mais e mais porque não é regulamentada, pura e simplesmente por isso. E ai não ser regulamentada dá lugar a todo o tipo de “criatividades”. A economia americana é maior que a europeia, por exemplo, mas lá existem tectos, limites, penalizações.
SL
27 Agosto, 2021 at 16:09
Regulamentação. Era só isto.
27 Agosto, 2021 at 17:28
Foi só para evitar o arroz doce com bolor… eheh
27 Agosto, 2021 at 17:54
Irónico que o mais liberal dos países tenha o desporto profissional mais regulado. Há lá sindicatos e até fazem greve
27 Agosto, 2021 at 18:04
O mais liberal do mundo sabe o que são “bolhas”…
27 Agosto, 2021 at 13:35
Eu acho que, mais do que nas mãos dos senhores, o futuro do futebol está nas mãos dos adeptos. Assim se mobilizassem em protestos e ações a nível mundial. Não é a compactuar com o estado de coisas que se muda o rumo. Os clubes serão sugados até à última gota e descartados quando nada mais tiverem para dar. É olhar para o Barcelona. O Bar-ce-lo-na… Um clube que até há meia dúzia de anos até prescindia de publicidade nas camisolas…
27 Agosto, 2021 at 13:43
Excelente, engenheira ana!
27 Agosto, 2021 at 14:12
Isso, e começaram com a UNICEF, era só uma época para ajudar… depois viu-se para que e que serviu a UNICEF.
27 Agosto, 2021 at 13:36
Sim claro, porque o futebol está repleto de casos como o Giggs, Scholes, Gerrard ou Maldini… Os melhores sempre se juntaram com os melhores, na maioria das vezes para ganhar.
A saída do Messi para o PSG não é uma aberração, tal como a saída do Ronaldo para o Real não o foi.
Aos clubes cabe questionar quem de direito, mas tirando alguns ingleses e os alemães pouca gente quer questionar. Ao Sporting fazer o que foi feito o ano passado, ser mais competente que os outros, até porque beneficia do campeonato mais desnivelado do top 5.
Lá está, isto é chato é competirmos contra gajos que têm orçamentos superiores, quando jogamos com um Tondela ou Boavista que não gastam nem 1/10 do que gastamos a malta assobia para o lado.
27 Agosto, 2021 at 13:40
Pimenta no cu dos outros…
27 Agosto, 2021 at 13:44
Bom comentário.
27 Agosto, 2021 at 14:14
Havia uma maneira de nivelar um pouco mais com os direitos televisivos centralizados, mas todos sabemos o porquê de isso não ter ido para a frente.
27 Agosto, 2021 at 14:27
Sim, mas de qualquer maneira a fatia maior iria sempre para os 3 grandes por isso iria atenuar pouco, a menos que distribuíssem de maneira a nivelar orçamentos e não tendo como base a classificação. Com certeza que dá para atenuar as diferenças, mas não iria agradar a quase ninguém, até porque já temos demasiados clubes dependentes de terceiros.
27 Agosto, 2021 at 14:18
Isso é conversa de quem quer vender a SAD.
Claro que o Sporting pode continuar a competir e até ganhar neste modelo, haja uma boa gestão. A treta de que só com milhões é que se pode ganhar já foi desmistificada muitas vezes, até mesmo no campeonato inglês , onde proliferam os clubes ricos, já ganhou um Leicester recentemente.
Se ficas mais perto de ganhar com dinheiro, claro que sim, mas não é o único fator como já foi muitas vezes provado.
27 Agosto, 2021 at 14:30
Até no nosso, como demonstrou o Sporting na época passada.
27 Agosto, 2021 at 19:28
Ou o Lille em França face ao todo-poderoso PSG.
SL
27 Agosto, 2021 at 14:39
Bom comentário.
27 Agosto, 2021 at 15:31
O Leicester é também propriedade de um multimilionário…. Vem é da Tailândia, pode ser por isso também um menos rico que os outros. Mas longe de ser um cluve pobre ou ter menos recursos por ser dos sócios
27 Agosto, 2021 at 16:16
Não é bem assim. A correlação* entre dinheiro e títulos é praticamente perfeitamente. Excepções há sempre, tal como o nosso campeonato o ano passado. Não digo isto com desdém (óbvio, mas antes que os cartilheiros abram o bico…), mas ninguém esperaria a época que fizemos. Este ano não é tanto assim porque já conhecemos o valor de Amorim e de vários jogadores que passaram a ser craques (sob o comando do treinador, note-se).
*que não é a mesma coisa que causa. Quem ganha campeonatos também ganha dinheiro e entra num ciclo.
Mas investimento aumenta a probabilidade de ganhar. Simples quanto isto.
Um perfeito exemplo é o Ajax. Aparece com grandes equipas e grandes campanhas europeias a cada 10-20 anos.
Hoje em dia, os melhores jogadores toda a gente sabe quem são. Basta pagar por eles. Treinadores é ligeiramente diferente: é preciso entender a filosofia e enquadramento com o clube e plantel.
27 Agosto, 2021 at 16:28
Seria interessante ver essa relação em números, relação do orçamento de uma equipa em relação aos seus adversários e o sucesso da mesma nos últimos 20 anos nos principais campeonatos.
27 Agosto, 2021 at 16:50
Está aqui um artigo muito interessante, mas vou procurar coisas mais científicas.
https://www.independent.co.uk/sport/football/premier-league/champions-league-superclubs-liverpool-man-utd-barcelona-real-madrid-a9330431.html
27 Agosto, 2021 at 17:32
Em qualquer grande campeonato há sempre, pelo.menos, duas.equipas que.se.equiparam; o que faz.uma ganhar e outra não?
É a competência na aquisição, e não apenas o dinheiro gasto, e a competência tecnica.de.quem dirige a equipa.
A quantidade de underdogs este ano, um Leicester, um Monaco, sao excepções entre as regras de um circulo vicioso.
27 Agosto, 2021 at 19:44
E o Lille?
E o Sporting?
E o Atlético de Madrid?
E o Valência?
E o Montpellier?
E o Borussia Dortmund?
E o Wolfsburg?
E o Stuttgart?
Estou só a falar desde o ano 2000, data a partir da qual o desnivelamento de foi acentuando.
27 Agosto, 2021 at 19:52
“A quantidade de underdogs este ano”.
Ler para compreender em vez de ler para responder.
28 Agosto, 2021 at 8:11
Com o devido respeito, até porque também quero acreditar na ideia inocente que competência > dinheiro, mas:
5 ligas x 20 anos = 100 títulos.
Essa notável mão cheia de exemplos são a excepções… e infelizmente não a norma… são cisnes negros…
27 Agosto, 2021 at 14:25
Esta perspetiva do fim do mundo, de que agora é um negócio e os tempos românticos eram os de antigamente, faz-me sempre muita confusão.
Desde os anos 50, do século passado, que sempre existiram clubes ricos e quando digo ricos, digo com muito mais dinheiro do que os outros.
Os 10 maiores clubes da Europa já o são há 60 anos. Entra um ou dois clubes e saem outros.
Sempre houve loucuras financeiras no futebol, se calhar, ajustando a inflacção, continua a gastar-se o mesmo dinheiro. O futebol é mais caro, mas também nunca vendeu tanto. É tudo proporcional. Até aos anos 80 não havia publicidade nas camisolas. Até aos anos 90 não havia direitos televisivos preponderantes. As maiores receitas eram as dos bilhetes. Os anos 2000 e adiante foram o advento das SAD’s, das entradas de investidores, do crédito fácil. Agora estamos na fase das redes sociais e das notoriedade digital.
Parece que o Leicester foi campeão há 200 anos.
O Sporting, um underdog desportivo e financeiro, acabou de vencer o campeonato, batendo os rivais com quase metade do orçamento.
Há competência ou incompetência.
O Sporting tem sido muito competente, desportivamente e ainda não colheu frutos desse sucesso financeiramente. Há uma neblina que não nos permite ver o futuro e como vamos conviver com o nosso sucesso actual. Por um lado, porque existem rivais e por outro lado, não fomos propriamente varridos pelas leis do mercado. Não sabemos como o plantel e o clube vão reagir à saída dos nossos jogadores mais valiosos e preponderantes.
Futebol é paixão e superação. É um negócio altamente volátil. Já o é há muitos anos. O sucesso de hoje pode ser a descida de divisão amanhã. Basta olhar para a montanha russa financeira e desportiva de desde 2000 no Sporting.
27 Agosto, 2021 at 14:40
Sobre a volatilidade lembro-me de um Tirsense que foi as competições europeias num ano e depois teve 3 decidas de divisão seguidas.
27 Agosto, 2021 at 14:45
É lembrar o como…
27 Agosto, 2021 at 14:25
A retórica é sempre a mesma…
Ou ficamos como estamos aos caídos ou aceitamos que vem aí dinheiro como crl e vamos lutar pela champions!
E de repente passamos a ter uma discussão completamente estupida no vácuo…
Curiosamente nunca explicam como é que o Sporting atraí um gajo que tenha 1 Bilião para estoirar e que não o queira estoirar em ligas como o Championship, PL, Liga Espanhola, Italiana ou Francesa…Um gajo perdido de rico que queira literalmente deitar 1 Bi para o lixo em Portugal (porque nunca o vai recuperar). Guess What…não há!
Ora, se não são esses…que investidores pode o Sporting atrair?
Amigos do Mendes para lavar dinheiro enquanto dá: Tipo…Peter Lin ou o do Mónaco…
ou
Fundos querem pagar pouco, tirar o máximo, partir e possivelmente revender…
É isto que querem para o Sporting? Curiosamente nenhum dos 2 vai ficar com os melhores guardados ou evitam que eles queiram dar o salto. Nem sequer estão para gastar esses montantes nisso nem sequer os jogadores que são mesmo bons querem ficar mesmo que fosse pelo mesmo dinheiro!
Por isso…sim…a escolha para mim parece não só simples como obvia. O Sporting deve ser um clube gerido com cabeça, que procure ter contas equilibradas e que não esteja sempre no fio da navalha, que forma os melhores e que tem uma estrutura que permite ter os jogadores 2 ou 3 anos a renderem e depois vender.
O que o Sporting tem de encontrar é o equilíbrio de quando vender. Aguentar demais dá merda (como vimos). Vender ao desbarato também não. É neste precário equilibrio que o Sporting se tem de situar.
27 Agosto, 2021 at 14:39
T00% de acordo. O Nuno Sousa perdeu hoje um potencial apoiante.
27 Agosto, 2021 at 14:40
O texto não é do Nuno Sousa, parece-me!
27 Agosto, 2021 at 14:42
My bad!
Realmente, não estava a perceber este flick flack à retaguarda.
Obrigado pela importante chamada de atenção!
27 Agosto, 2021 at 14:42
Exactamente.
O que o Sporting precisa, como os outros clubes, é de ser bem gerido sem queimaram aos M€…
27 Agosto, 2021 at 14:47
Bingos… Totonegócio… SAD… era só massas a entrar. E entraram. Mas também saíram.
27 Agosto, 2021 at 15:47
Tudo dito e bem, Tiago.
Num mercado como o nosso, aspirar a ser como o City, o PSG, o Chelsea, ou o PSG é uma absoluta quimera.
Mal de nós se,nas condições do mercado do futebol português houvesse alguém a querer investir centenas de M€ num Clube.
Das duas uma: ou era um perigoso mafioso a querer lavar dinheiro obscuro ou era um ainda mais perigoso capitalista incompetente.
No nosso mercado o caminho reside na sustentabilidade orçamental, na aposta na formação (que forme jogadores que nos possam render desportivamente até se justificar a sua venda financeiramente), na competência dos quadros técnicos (que assegurem competitividade desportiva e boa gestão de recursos humanos), na mobilização da paixão dos adeptos (levando-os a encher com regularidade o Estádio e os Pavilhões e a potenciar ao máximo o associativismo) e na valorização da Imagem e Marca Sporting (com base nos seus valores, na sua expansão nacional e internacional, no seu ecletismo, na militância e presença activa da sua massa adepta, num marketing e Merchandising cada vez mais eficientes assertivos e diversificados) para captar cada vez mais e melhores sponsors e publicidade e exponenciar ao seu máximo todo o potencial de captação de recitas.
SL
27 Agosto, 2021 at 16:32
Isto…
27 Agosto, 2021 at 17:34
Por isso é que para mim BdC ficou imediatamente posto de parte quando.apresentou investidores russos…
Tão simples como isto.
27 Agosto, 2021 at 19:14
Ahahahahahahah!! Já li de tudo, tem tudo a ver!
A estupidez crónica nunca desilude.
😀 😀 😀
27 Agosto, 2021 at 19:54
Muuuuuuu
Ehi touro lindo!
Sabes ler boi? Para mim bdc ficou “apresentado” quando apresentou os investidores russos como varandas ficou “apresentado” quando se apresentou a eleições que não estavam marcadas.
Percebido boi?
Muuuuu
27 Agosto, 2021 at 23:46
Alhos com bugalhos.
É que não dizes nadinha de nada!!
Mil caracteres por post e não se aproveita nada!! 😀 😀
Vai mugindo que pelo menos nisso és exemplar.
28 Agosto, 2021 at 3:18
Ei touro lindo!
Muuuuu
27 Agosto, 2021 at 16:16
Obrigado Tiago, poupaste-me a retórica.
Acho simplesmente estúpido, ou proveniente de alguém que se move principalmente pelo interesse de se aproveitar de negócios involvendo o SCP, este argumento tantas vezes re-aquecido de que ou vem um investidor bilionário ou o Sporting está condenado a nunca mais ganhar nada!
Depois há outro aspecto que esta gente se esqueçe. É duma enorme falta de respeito para atletas e técnicos das outras n modalidades do Sporting, estar-se só a falar dos milhões necessários para o futebol masculino professional. E o resto do clube? Mandamos às urtigas? Ou será o investidor bilionário que tb irá arrotar o guito para termos a equipa de ciclismo que tantos de nós ambicionam? E será que sobram uns trocos para manter a melhor equipa de futsal do mundo?
É pá, mais respeito sff pela nossa história, identidade, atletas e formadores. Deixem lá os Abramovichs para os clubes tipo Chelsea. Se queremos vencer será com as nossas armas e não a copiar estratêgias que não se coadunam ao nosso contexto!!
27 Agosto, 2021 at 15:18
Nem sei que dizer…
Mas vai ser difícil podermos competir “em pé de igualdade”, no futebol nacional…
Quando alguns dos clube nacionais começarem “a ser injectados de dinheiro sem paternidade…”…
Sabemos que mesmo os jogadores mais “fiéis” ao Clube se receberem 1000 e houver quem lhes garanta 2 ou 3 000…
Dificilmente “não mudarão de camisola”, atendendo a que sendo profissionais e sendo o futebol uma “profissão com limites de actividade…”…não acabarão por “ir atrás do peso dos milhões”…
Isto “é tudo muito bonito”…
Mas qual de nós ganhando por exemplo 2000 euros por mês numa qualquer actividade…
Não a trocaria… se acaso, numa outra empresa lhe garantissem 5000…?
O amor ao emblema apenas poderá ser exigido a nós adeptos…
Dos atletas, não podemos esperar mais…
“Que respeito” pelo clube que lhes paga…sendo bons profissionais e “dando o que têm e não têm”, em defesa desse mesmo emblema…
“Pedirmos mais do que isso…”…
Será sempre “uma utopia”…
Sporting Sempre
27 Agosto, 2021 at 15:27
«A máquina consome mais e mais porque não é regulamentada, pura e simplesmente por isso.(…)» (Porrinho, 27 Agosto, 2021 at 13:20)
Concordando parcialmente com o comentário do Porrinho, acho, todavia, que ele não corresponde totalmente à realidade.
Existe regulamentação, por mais que ainda seja insuficiente. Mas o problema maior não está na insuficiência da regulamentação mas sobretudo na sua ineficácia por manifesta falta de vontade dos reguladores em irem até às últimas consequências na penalização que eles próprios prevêem ao incumprimento daquilo que eles próprios regulam.
Basta ver o exemplo do Manchester City que viu a mais recente pena por incumprimento fair-play financeiro comutada em mais de 75%. Ou o caso da tentativa abortada de criação, à revelia da UEFA, de uma Super Liga Europeia. O que é feito das anunciadas sanções aos Clubes que foram para a frente com a sua tentativa de implementação, mesmo após essa recusa da UEFA? Qualquer dos Clubes ameaçados estava ontem presente no sorteio da Liga milionária.
A UEFA e a FIFA só têm mão pesada quando não se trata dos tubarões (Clubes e Seleções).
A própria disparidade entre os prémios e as pontuações da Liga dos Campeões e da Liga Europa é um completo absurdo.
Mas, o problema maior ainda está nos próprios Clubes: uns borrifam-se para os adeptos porque há muito que deixam de lhes pertencer e há que preservar é a ganância dos seus donos (Man City, Chelsea, PSG, Tottenham, Arsenal, etc); outros inebriam-se pela conquista do imediato e não criam estrutura para a sustentabilidade continuada (Real Madrid, Barcelona, Juventus, Milan). Outros aspiram a apanhar a boleia dos anteriores e apostam desequilibradamente em receitas da Liga milionária Valência, Porto, Benfica, Atlético de Madrid).
Atá agora serão muitíssimo poucos o que vejo terem algum sucesso, mantendo a aposta em projectos de sustentabilidade (Dortmund, Ajax, Lille).
Mas é o único caminho que pode ser traçado por clubes de países onde não existe mercado que sustente investimentos multimilionários: a aposta na Formação, na competência, na sustentabilidade orçamental.
O maior cancro que falta regulamentar (e que é o que mais mina o Futebol) é o do agenciamento de jogadores. Desde logo deveria ser internacionalmente INTERDITA a cobrança de comissões a Clubes na intermediação de jogadores; são agentes dos jogadores, os jogadores que paguem em percentagem dos vencimentos. Depois deveria haver uma imposição de tectos salariais máximos. Evitava-se a transferência das comissões e do grosso das transações para a massa salarial, continuando a engordar os mesmos por outra via, e mitigava as escandalosas disparidades salariais.
E, em cada país, a preocupação maior deveria estar centrada na regulação de quadros competitivos com maior equidade, na centralização e mais justa distribuição das receitas televisivas, e nas regras de total transparência do mercado, com obrigatoriedade de publicitação dos dados mais pertinentes das maiores transações de activos das SADs e SDUQs e dos seus principais negócios.
SL
27 Agosto, 2021 at 16:37
Concordo, mas há uma questão filosófica, quase.
Em todas as áreas da vida (e da Natureza), há sempre uma ordem natural que gera o ‘créme de la créme’. Desde uma placa de Petri até aos mercados de valores.
E isto é importante para alcançar o máximo possível. Outra lei natural.
Por isso é normal que haja assimetria e alguns clubes concentrem os melhores atletas. Basta que estejam distribuídos por um número suficiente de clubes que joguem entre si, senão não seria interessante.
Se não houvesse lei Bosman, se calhar nunca teríamos a qualidade de jogo lendária de certos clubes nos últimos 20 anos. Esta concentração de talento também cria novos ‘recordes’ para superar, novos métodos de trabalho, inovação.
27 Agosto, 2021 at 17:39
Aplicar um Darwinismo social aqui…
Se tiveres dinheiro, dás parcwrias ou contratas o funcionário? Nem é uma questão de evolução natural, os grandes aparecem esporadicamente e nos lugares mais diferenciados – haver alguém/instituição que tenha a capacidade financeira de os colocar todos juntos, para além de desvirtuar a competição, acaba por funcionar como eucalipto.
My opinion, vale o que vale
27 Agosto, 2021 at 16:04
A palavra-chave é sustentabilidade.
Laporta estava com o fair-play a perna e decidiu arriscar numa inversão. Li algures que não estava na disposição de gastar 20% dos lucros na renovação de Messi…
O problema está nos “custos” para um Clube como o Sporting, que não é crónico campeão, conquistar títulos e ser presença habitual na LC.
Neste momento o Sporting anda a caça de migalhas aqui a ali para perfazer 20M e terminar o exercício no verde (dizem). Atingir o equilíbrio financeiro a curto prazo é uma miragem.
Actualmente temos um passivo superior a 300M, dívidas a fornecedores na ordem dos 82M e estamos completamente dependentes da venda dos melhores jogadores e num bom desempenho na Liga dos Campeões. Isto para não piorarmos a actual situação. Não é impossível voltar a ganhar o Campeonato com menor investimento e orçamento que os rivais, mas a história diz-nos que casos destes são uma raridade.
As SAD detidas por magnatas e grandes grupos empresariais têm mais facilidade de acesso aos melhores jogadores, na valorização das marcas a nível mundial, na conquista de títulos. A somar a isto também a “fórmula” criada pela UEFA para premiar de forma diferente as equipas contribui para acentuar as desigualdades existentes e reduzir a competitividade das provas.
Só conseguiríamos sobreviver a isto se as coisas se alterassem radicalmente na distribuição de dinheiros do futebol, e se conseguíssemos a nível das nossas contas um rendimento idêntico ao deportivo. Neste momento caminham a largo passo em sentidos opostos.
Não sei o que o futuro nos reserva mas cada vez me convenço mais que a SAD do Sporting fatalmente passará para outras mãos. Para já não pago quotas. Se um dia os sócios deixarem de mandar no Clube deixarei de ser sócio.
27 Agosto, 2021 at 16:58
é pá mas essa impossibilidade de ser competitivo só se verifica na Premier League. Nos outros campeonatos continuam a ser os clubes grandes a dominar … os mesmos de antigamente na era pré-SADs.
Veja-se o Valência, por ex.
Em Portugal, enquanto um Famalicão ou um B-Sad continuarem a não conseguir competir com os 3 grandes, toda esta questão é areia para os olhos. Quando o Famalicão acabar um campeonato em 2o então podemos voltar a discutir.
27 Agosto, 2021 at 17:53
É verdade. No resto da Europa é igual, ganham sempre os mesmos. A época passada foi para mim uma excepção.
Veremos quando é que o Lille, o Inter de Milão, ou o Atletico de Madrid voltam a ser campeões.
Agora, pelo historial e dimensão, clubes como Famalicão e B-Sad nunca chegarão a ter uma massa adepta (e consequentemente recursos) como os 3 grandes. É por isso que os ouvimos tantas vezes dizer que jogam noutro campeonato…
27 Agosto, 2021 at 16:10
Acho que para ver que é o $$$$$$ que move o mundo e que quando se tem muito se quer ainda mais, é um gajo ir para um clube que atualmente tem tantas hipóteses de ganhar a Champions como eu de comer a Mónica Belluci e não me venham dizer que é por sentimentalismo. Isso seria o gozo total.
27 Agosto, 2021 at 16:51
Precisas do numero da Mónica?
27 Agosto, 2021 at 18:23
Passo muitas vezes no Castelo de São Jorge e moro a dois quarteirões dela. Mas o povo tem razão. Quem tem muito dinheiro, quer sempre mais.
27 Agosto, 2021 at 16:26
Falta dizer que grande parte do dinheiro brutal que é movimentado é fugazzi. Rever o Wolf of Wall Street.
E no caso de certos clubes e dirigentes, é para lavar dinheiro.
Esta constatação é positiva para clubes sérios como o Sporting, porque significa que a diferença – futebolisticamente, porque nós formamos jogadores- não é assim tanta.
Um colosso Europeu será sempre um clube com um orçamento 10x o nosso. Mas algures está um equilíbrio entre um clube formador, que faz boas vendas regularmente, financeiramente rigoroso e equilibrado, e desportivamente competitivo.
Um Sporting que lute sempre pelo título e ganhe com regularidade (no mínimo 1/3 dos anos), que faça brilharetes na Europa será sempre um Sporting que honra a visão dos seus fundadores – falando de futebol apenas, caso alguém se tenha esquecido
27 Agosto, 2021 at 16:47
Julgo que um clube como o SCP poderia aproveitar melhor a sua massa associativa e adepta que tem um grande potencial. Na Escócia aqui a um tempo tentou-se um modelo no celtic interessante que com uma massa adepta como a do Sporting poderia ter enorme sucesso. Por exemplo em vez de partilhar direitos económicos de jogadores com outros clubes empresários etc o SCP poderia criar um fundo (exclusivo ou não a sócios) em que estes partilhavam esses direitos podendo ter altos rendimentos. Um sócio ou adepto mais depressa investia no SCP através de um Pote ou um Porro do que através empréstimos obrigacionistas onde o dinheiro vai para tapar buracos e a percentagem de juro não é suficientemente aliciante para o risco de a coisa dar mal (acaba por ser um investimento mais pelo coração).
27 Agosto, 2021 at 16:52
Conversa da treta, que invistam é na B-SAD se quiserem.
27 Agosto, 2021 at 16:53
Competência dá cá um jeitaço…
O resto, ajuda. Mas sem competência…
27 Agosto, 2021 at 19:18
Pode! Já se demonstrou por A + B que é possível, sem Messias e sem Mendias. Livre de fundos opacos e carrosseis.
Não pode é sobreviver com o projecto cRoquete como ficou provado em 2013 e se confirmará novamente mais cedo que tarde.
27 Agosto, 2021 at 22:45
Resumidamente…é isso!
27 Agosto, 2021 at 19:32
Diastristes
Assino por baixo o teu comentário LionUp !