A pergunta é para todos, seja do Sporting CP ou fora dele. Claro que com maior incidência para as nossas cores.
Vamos à comichão de hoje. Nesta última semana foram sorteados os jogos para a final 4 da taça de Portugal. Jogaremos com o Porto Volei na sexta-feira, às 21h em Viana do Castelo. O jogo entre o SL Benfica e o Vitória SC será no mesmo dia às 18h.
Ora, podemos todos concordar que o dia é péssimo e a hora terrível? E é a 3 época seguida destes horários!
Até vos começo por dar um pouco de sensacionalismo. Sempre que assisto aos jogos do voleibol feminino, vou com o meu filho de 4 anos. Não sou o único, há sempre muitas crianças sportinguistas. Prometi-lhe que iríamos aos jogos das finais porque gosta mesmo disto. Agora vou ter de lhe explicar que o jogo começa depois da hora dele ir dormir, a 80km da cama dele. Relembro que o Sporting CP sou eu, a minha família e os meus amigos!
No ano passado o jogo da final terminou depois da meia-noite, no mesmo local.
Parece que em Portugal (no Sporting CP idem, pois) ainda poucos perceberam que o voleibol feminino já ultrapassou o masculino em mediatismo e competitividade. Não sou eu que digo, são os números.
Mostro aqui a minha desilusão principal para todos os do meu clube, dos dirigentes às jogadoras, que fazem ZERO para que isto se altere, talvez demasiado confortáveis com a sua vida. Esquecendo-se, talvez, que o estado natural dos campeões é o desconforto.
Verdade seja dita, o que é que cada um já fez para pressionar a alteração da cor das linhas do PJR que tantas vezes já mencionei que NÃO SE VÊEM na televisão.
O Sporting CP são os seus adeptos, quando deixam de interessar, o futuro fica definido porque quem semeia ventos vai colher o quê?
Afinal, há quem se importe?
P.S.: Esta semana ainda vos escrevo porque jogamos, este fim-de-semana, o campeonato.
*quando vê uma aberta no meio campo adversário, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo.
27 Fevereiro, 2024 at 8:39
É lamentável que tantos assuntos acabem directamente apontados a esta direcção autista. O algodão não engana.
27 Fevereiro, 2024 at 9:41
Bom dia, é a vida, agora é aguentar, o comboio está em andamento e ninguém o irá parar.
27 Fevereiro, 2024 at 10:32
Essa merda até rimou …
27 Fevereiro, 2024 at 10:09
Muito sucintamente – não, ninguém se importa. Na verdade está-se tudo a cagar.
Se não é futebol (e mesmo o futebol tem horas completamente ridículas), há zero interesse em divulgar / cativar / promover o desporto. No feminino então, ainda menos…
Lembro-me quando era puto e ia para o Algarve nas férias, apanhava melhor os canais espanhóis que os portugueses. Todos os dias havia um noticiário desportivo de 1h30 na TVE divididos por 30 minutos de futebol (incidência de tempo igual para cada clube, desde o Bétis ao Real ao Espanhol ao Barça ao Deportivo, etc.), 30 minutos de desportos de pavilhão (incidência igual para hóquei, vólei, basket, etc.) e 30 minutos para desportos ao ar livre (F1, motas, ténis, etc.), sempre focados nos campeonatos nacionais.
Isto nos anos 80/90.
Estamos tão completamente afastados do que é o mundo desportivo (no verdadeiro sentido da palavra) que nunca iremos perceber como promover o que temos de bom em Portugal – e não é o futebol, não.
27 Fevereiro, 2024 at 10:27
Em Espanha, um clube como o Málaga mete uns 9.000 espectadores em média nos jogos de basket. O Bétis em Sevilha, leva mais de 50.000 espectadores em média aos jogos de futebol. E estou a falar da Andaluzia, uma das comunidades mais humilides de Espanha.
De aqui, dos que escrevem regularmente, quantos é que foram ver um evento desportivo no ultimo mês, que nao tivesse directamente que ver com ver os nossos filhos a jogar? Isto é, ver um jogo de alguma coisa, só pelo interesse de ver o desporto ao vivo?
É que depois, como quase ninguém vai ver nada neste país, é natural que este tipo de desportos vivam das regras das televisões.
27 Fevereiro, 2024 at 10:34
Ou seja, estás-me a dar razão. Há falta de cultura desportiva em Portugal.
Cabe às entidades respectivas (federações / IPDJ / governo) mudar isso.
O povo, como dizia o Pinheiro de Azevedo, é sereno – por outras palavras, vivemos num país de seguidores. Se as entidades fizerem por isso, teremos espectadores nos complexos desportivos, qualquer que seja o desporto.
27 Fevereiro, 2024 at 10:35
E, ao ficar em casa, nem sequer um livrinho se lê, a julgar pelas últimas estatísticas …
27 Fevereiro, 2024 at 10:38
Pois… isso também é um flagelo. Quando ainda por cima se consegue fazer ambos…
Cada vez mais penso que quem vota devia fazer um teste para ver se está qualificado ou não, tipo carta de condução. Tanto burro por aí que nem se apercebe do que está fazer… Culpo muito o Estado por este estado de merda em que se transformou o país.
27 Fevereiro, 2024 at 10:42
Tu quantos jogos é que foste ver em 2024?
Ou melhor, fazemos aqui uma estatística.
Da malta que comenta aqui diariamente, quantos jogos viram em 2024?
De uma equipa do Sporting?
Ou de uma outra equipa no futebol ou modalidade qualquer?
É que depois a culpa é sempre do Estado ou dos outros, quando nós mesmos temos comportamentos diferentes daqueles que depois proclamamos ser diferentes e os mais acertados.
27 Fevereiro, 2024 at 11:03
Sou treinador profissional de um desporto que não o futebol. Metade da minha semana chego a casa depois das 23h00, não vejo os meus filhos a não ser de manhã quando os vou deixar à escola e tenho ao fim-de-semana, por norma, jogo num dos dias – o que implica deixar a minha mulher com os miúdos o dia todo. Treinei também longe de casa onde ficava metade da semana num Hotel e a outra metade em casa, para conseguir conciliar ambos e dar de comer à minha família.
Treino profissionais, semi-profissionais, amadores, estudantes, trabalhadores. Gajos que gastam dinheiro para ir ao treino, deixam putos / namoradas / mulheres em casa e não ganham um tostão; gajos que se lesionam para o resto da vida (problemas no futuro na maneira de andar, nas costas, nas mãos, nos braços) mas que continuam a dar o litro, a ir aos treinos e jogos, a ser um exemplo de perseverança.
Já treinei todos os escalões possíveis e imaginários que há, desde os mais pequenos aos séniores, passando pelo feminino, escolas, selecções regionais e nacionais. Tenho até o orgulho de ter começado num dos clubes por onde passei um programa de desporto adaptado a pessoas com deficiências motoras e neurológicas.
Já fiz parte de Associações Regionais, onde trabalhámos com as equipas em desenvolvimento com pouco mais que um campo e uma dúzia de pessoas com apenas uma bola. Assisti ao fim de uma delas e, dentro do possível, tentei reactivá-la com mais algumas pessoas que, como eu, acreditam no desporto por si só e não tanto na glória dos resultados finais.
Vejo em primeira mão o IPDJ e o estado a cagar no que não seja o futebol, porque não dá visibilidade, porque não dá votos, porque não não são bons cartões de visita quando mudam do governo para o privado, sei bem ao que vêm e o que fazem esses anormais.
Agora tu, o que é que tu fizeste pelo desporto meu caralho?! Quem é que és tu para julgar quem quer que seja, meu monte de merda?!
Vai para o caralho mais as tuas estatísticas!
27 Fevereiro, 2024 at 11:13
Ok,…tas com vontade de discutir, boa!
Mas se calhar é melhor falar do Adan e do Esgaio aqui ao lado com cem mil comentários, aqui com sorte e alguma polémica chegamos aos 10.
Elucidativo!
Siga….
27 Fevereiro, 2024 at 11:15
Elucidativo o teu comentário, sem dúvida: em caso de argumentos contrários, rabinho entre as pernas e pira-te que já faz tarde.
És mesmo pequenino, tu.
Siga mesmo.
27 Fevereiro, 2024 at 15:29
Ó J., o LS deu-te uma lição… De valor era pedires desculpa pelo comentário sem sentido que fizeste, porque cada um sabe da sua vida e não é bonito apontar o dedo aos outros sem se saber patavina da vida das pessoas…
Olha que ficaste muito mal na foto, e voltaste a ficar mal com esta resposta, outra vez sem sentido nenhum!
27 Fevereiro, 2024 at 17:33
Miguel, nem vale a pena. Ele vem aqui com um discurso já pré-determinado, pré-concebido. Tudo o que não cumpra os requisitos por ele delineado é para atacar.
Das poucas razões que ainda respondo a gajos como o J é para não ficar a falar sozinho, influenciando (ainda) quem não o conhece.
27 Fevereiro, 2024 at 13:35
Calaste o nabo
27 Fevereiro, 2024 at 14:58
Ele cala-se a si próprio quando começa com a verborreia cerebral diária.
Enfim… tempo perdido com pessoas que não têm interesse nenhum.
27 Fevereiro, 2024 at 15:26
Isso parece-me uma medida absolutamente fascista.
Talvez por isso eu tende a concordar com ela… 😀 😀 😀 Estranho é vir de ti!
27 Fevereiro, 2024 at 17:26
Discordamos de várias coisas no que toca ao Sporting, mas no que toca a política vemos da mesma maneira. Isso não tenho dúvidas.
Já agora, definição de fascismo:
“Fascismo é uma ideologia política ultranacionalista e autoritária caracterizada por poder ditatorial, repressão da oposição por via da força e forte arregimentação da sociedade e da economia.”
Vejo grandes semelhanças com o comunismo… mas isso sou eu, que já não acredito numa luta de classes (ou esquerda vs direita) como os partidos cá do burgo ainda tentam enganar as pessoas com os bichos papões.
27 Fevereiro, 2024 at 17:40
🙂
Obviamente, estava a brincar…
Eu entendo muito bem o que dizes quando escreves “cada vez mais penso que quem vota devia fazer um teste para ver se está qualificado ou não, tipo carta de condução”.
Isso também me passa pela cabeça, uma vez ou outra, como me passa pela cabeça uma vez ou outra achar que nem toda a gente devia poder ter filhos à sua guarda para os educar – o que é diferente de ter, ou fazer, filhos.
Mas é uma cena que me deixa deveras desconfortável!
Todos erramos. É um facto.
Mas há pessoas que votam sem o mínimo conhecimento, como há pessoas que não têm a mínima capacidade para educar uma criança – no fundo, educar uma pessoa!
Até que ponto estará certo traçar estes limites é que já é questionável.
Já debati isto com outras pessoas que, por exemplo, acham que quem não tem a escolaridade mínima obrigatória não devia poder votar, outros que acham que pessoal a receber subsídios não devia poder votar, e outras cenas…
Eu entendo estas ideias mas acho complexas de aplicar.
Temos todos os mesmos direitos, dizem uns. E os deveres, não deveríamos ter todos os mesmos deveres para que pudéssemos, então sim, ter todos os mesmos direitos?
Há muita cena que é muito complexa debater, quanto mais implementar!
27 Fevereiro, 2024 at 18:34
Penso que o problema está sempre na Educação (ou falta dela) – um povo com um sistema educacional altamente qualificado tem, automaticamente, mais hipóteses de se auto-desenvolver.
Em Portugal sou adepto do Movimento da Escola Moderna (porque é o que os meus filhos têm) mas há também o Montessori ou o Waldorf (um mais cientifico, o outro mais criativo) ou vários outros que, de uma forma ou outra, acabam por se complementar.
O que os une? Dão às crianças auto-confiança, espírito auto-crítico, relações inter-pessoais mais desenvolvidas, ajudam no desenvolvimento de ferramentas contra as frustações naturais das crianças. De uma forma geral, formam pessoas com conhecimento de si próprios e do que os rodeia, sem os obrigar a seguir ideias pré-concebidas.
Podemos também ver bons exemplos lá fora (Japão até aos 7/8 anos de idade, Finlândia, países nórdicos, etc.) que apostam em modelos híbridos.
Mas como é mais fácil criar burros seguidores, temos o que temos em Portugal no ensino público… tirando raras excepções de algumas IPSSs.
Enfim. É o país que temos…
27 Fevereiro, 2024 at 11:38
Nos anos da presidência anterior, fui várias vezes ao pavilhão com uma grande amiga sportinguista (e ao estádio, mas aqui fala-se de modalidades). Também me fiz sócio graças à brilhante campanha que o BdC lançou e apenas continuo a pagar as quotas por saber que vão para as modalidades.
A verdade é que por não me rever nos valores desta direcção, que são a traição, o oportunismo, a falta de respeito para com obra e direcção anterior (não é por acaso que tenho o avatar que tenho), a comissão aos amigalhaços e a rendição e pertença perfeita ao sistema vergonhoso que é o futebol português, e o desporto português no geral, nunca mais me desloquei ao estádio nem ao pavilhão.
27 Fevereiro, 2024 at 12:15
Mas a malta com coluna flexível não percebe isso, ou não quer perceber…
27 Fevereiro, 2024 at 13:17
São conceitos que nunca lhes devem ter sido explicados.
São conceitos que têm de ser ensinados numa tenra idade.
Depois de passar o ponto critico já os perdemos para o lado negro da força.
É natural.
Yin-yang.
27 Fevereiro, 2024 at 15:34
Eu também ia sempre ao Estádio – poucas vezes falhava um jogo – e ia muitas vezes ao pavilhão, e deixei de ir com o Varandas. Deixei de ter Gamebox – ao fins de uns largos anos!
Hoje vou MUITO pontualmente – 2 ou 3 vezes ao pavilhão e às vezes nenhuma ao Estádio, numa época!
Alguém fez por isso…
27 Fevereiro, 2024 at 16:18
É provavelmente a melhor síntese que li da direcção acual. Nem a cobardia lá falta.
27 Fevereiro, 2024 at 21:51
Totalmente solidário com tudo o que escreve o Adrien.
Obrigado por tudo o que escreve e dá ao nosso voleibol.
Somos da raça que nunca se vergará!
Sporting Sempre
27 Fevereiro, 2024 at 23:22
LS, li o teu post e admiro a tua resiliência e dedicação, eu prefiro dedicar tempo à família, aos amigos, a viajar e a outras coisas da minha vida pessoal, mas como te digo, respeito totalmente a tua escolha ecada um faz a sua e o que gosta mais.
No restante também concordo com muito do que dizes. Eu apenas acrescento um ponto, não é que seja mais fácil criar burros, os burros são criados com o propósito de perpetuar o sistema, quanto mais burros forem, mais fáceis são de enganar. Não é uma questão de facilidade é uma questão prática e premeditada.
Abraço
28 Fevereiro, 2024 at 0:37
Obrigado Rodrigo, ao menos não somos poucos… Estás cá tu, está o Miguel, está o Leão Rampante, o JHC, o Zandonaide, a Ana, o Miguel C, o Jaime Grilo, o LionUp, o Pretoriano, o TenhamOrgulho, o FixTix, até o Tiago Coração de Leão com quem raramente concordo mas que tem Sportinguismo para dar e vender, sem contar com muitos outros que por aqui andam (de quem não me estou a lembrar agora), alguns de passagem outros mais permanentes e com quem é possível falar do Sporting com pontos de vista diferentes mas com respeito. Porra, até o Ginha merece respeito pelo respeito que também tem pelos outros!
Mas depois há os lambe-botas. Que sempre haverão por aí.
Há que educar, ensinar, mudar, mostrar que, como tu dizes e bem, o sistema perpetua a burrice – e isso é endémico, infelizmente.
Como disse o Eduardo Mondlane, a luta continua!