Está confirmada a «revolução na comunicação» (sim, são palavras minhas) do Sporting, ao que parece no seguimento da reestruturação interna e ajustes orçamentais. E que «revolução» é esta? Prescindir dos serviços dos profissionais que asseguravam o jornal Sporting e a gestão das redes sociais (e que, ao que sei, já tinham tido os seus salários revistos), entregando esta tarefa à YoungNetwork, a agência de comunicação que, até agora, era responsável pela área criativa que envolvia várias das campanhas lançadas. Para já, estas alterações na comunicação não envolvem o departamento de marketing e fica no ar a questão do site, até agora gerido pela Sportinveste (medo!).

O que é que eu penso disto?
A minha visão capitalista: supondo que o Sporting e a Young vão trabalhar sobre uma espécie de avença, acredito que os custos caiam a pique. Fixe.
A minha visão política: mandam-se umas mãos cheias de gente para o desemprego e sobrecarrega-se outro grupo de pessoas, que ganharão exactamente o mesmo apesar do seu trabalho e responsabilidades aumentarem (e, claro, pelo meio existirão duas ou três contratações que reunirão na sua conta bancária aquilo que não se pode aumentar à equipa que gerem). Foda-se!
A minha visão Sportinguista: defendo, desde sempre, que a gestão da comunicação do Sporting nas suas diversas vertentes, devia ser feita internamente. Jornal, redes sociais, site, marketing, campanhas e o catano. Dá trabalho formar uma equipa capaz de gerir isto tudo? Dá, claro. E formá-la com profissionais que sintam o clube, ainda mais. Mas não será mais complicado tentar conciliar o trabalho de três equipas (marketing interno, site na Sport, jornal e redes sociais na Young)?
Não colocando em causa o profissionalismo e o Sportinguismo de algumas das pessoas que trabalham em cada uma destas ilhas, permitam-me dizer que é uma medida que me desagrada. Resta-me (resta-nos) esperar para ver e para avaliar os resultados desta mudança brusca.