Após a primeira experiência nestas coisas da “cozinha molecular” em Tascas com bué de estrelas Michelin, estive a ler os 71 comentários e agradeço as vossas palavras. Dessa leitura escolhi três soltas, para cozinhar este “pratinho” antes de termos a bola a saltar!

Antes de mais, aviso que sou um cozinheiro muito otimista, para mim o copo está sempre meio cheio, e que não contem comigo para a crítica do “bota a baixo” fácil.

Primeira solta… “Forte investimento nas modalidades”
Ser a maior potência desportiva nacional não se consegue com equipas fracas sem ambição e com participações honrosas. Consegue-se com títulos nacionais e internacionais.
Este ano o investimento no andebol foi forte, mas, felizmente, não é a única modalidade onde isso acontece. O Futsal, o Hóquei são outros exemplos e se olharem para a equipa feminina de Atletismo que foi campeã da Europa vão ver atletas de estrangeiras de qualidade. A inauguração do Pavilhão João Rocha é parte importante deste investimento. Com o pavilhão não passamos só a jogar em casa, mas também a poder potenciar as marcas que nos patrocinam de outra forma, passamos a ter mais e melhores transmissões televisivas (a Sporting TV vai ter condições únicas) e tudo isso permitirá aumentar o retorno desportivo e o financeiro também.
Em síntese, este investimento não é um passo no abismo, mas sim parte de crescimento que tem como o objetivo ser “A maior potência desportiva”.

Segunda solta… “Quem achas que vais ser o capitão de equipa?”
Este assunto merece um esclarecimento prévio. Não tenho informação nenhuma sobre quem será o capitão! Se fosse eu o capitão seria o Pedro Portela. Anos de casa, qualidade desportiva e lideranças discreta. Estas três qualidades são para mim importantes num capitão de equipa. Pelo que li nos comentários, Carlos Carneiro é um nome apontado. Uma coisa é certa, não será a primeira vez que será capitão, foi em todas as equipas onde passou, ABC, Madeira SAD, Benfica e Seleção Nacional e foi com treinadores diferentes.
Quem quer que venha a envergar a braçadeira será sempre alguém em quem Zupo vê capacidades para ser a sua voz no campo e no balneário!

Terceira solta… “Com o professor Frederico já tínhamos sido campeões”
Quando Zupo chegou ao Sporting fiquei muito contente (aproveito para destacar o bom trabalho do Frederico, meu amigo, fez no Sporting) e pensei com um treinador com esta experiência este ano vamos ganhar. O choque cultural entre o treinador e a equipa foi grande e os resultados foram maus, sem escamotear nada, foi isto que aconteceu.
Pelo que vemos a direção optou por manter Zupo e dar-lhe a possibilidade de ter um plantel à a sua imagem e ambição. Não é fácil ter a jogar em Portugal jogadores como os que o Sporting tem este ano. Só a presença de Zupo permite construir um plantel com jogadores que habitualmente jogam a Liga dos Campeões e estão em campeonatos muito mais fortes do que o português. Zupo teve um papel importante na construção do plantel e agora terá a responsabilidade de trazer os títulos em disputa. Na minha opinião teremos que fazer a dobradinha nacional e a taça Challanger seria a cereja no topo do bolo. Depois termos sido os primeiros a ganhar uma prova internacional no andebol seremos os primeiros a ganhar duas vezes esse troféu!

Para fechar o prato, lembro que dia 13 teremos o primeiro teste com o Cangas da Liga ASOBAL que já foi treinado pelo novo seleccionador nacional Paulo Pereira, a quem a Tasca deseja os maiores sucessos.

*às sextas, o Carlos Ruesga avança para a linha de sete metros e explica-nos o porquê da expressão “futebol… pé! andebol… mão!”